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Semanas depois

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Semanas depois...

Estamos no final de março, fiz um mês de gravidez a dois dias atrás. Estamos todos mundo felizes, minha mãe e minha sogra estão radiantes por ter um netinho. Meu pai não sabe ainda e espero que ele não descubra tão cedo.

Meus enjôos não passaram, muito pelo contrário, só pioraram. Esses dias mandei Charles tomar outro banho porque o perfume que ele havia passado estava embrulhado meu estômago. Depois falam que gravidez é fácil.

Estamos na Áustria pra corrida desse final de semana, hoje foi a qualificação, Max e Charles se deram bem. A próxima corrida é a do Japão, o que me deixa meio tensa por lembrar de tudo que aconteceu na corrida do ano passado, a briga com Charles no terraço, a crise de pânico dele durante a corrida, só de lembrar me dá um aperto enorme no peito, mas sei que nada daquilo vai se repetir.

Eu estou sozinha no nosso quarto, Charles foi resolver algumas coisas com a equipe dele, mas creio que ele não vai demorar. Eu estava deitada na cama esperando minha alma voltar pro corpo depois do meu estômago revirar e minha cabeça girar. O bebê, colabora com a sua mãe aqui. De repente escutei batidas fracas na porta, não sei quem é.

Fui até a porta e abri, pra minha surpresa quem estava ali era nada mais nada menos do que meu pai. Que milagre é esse dele bater fraco na porta? Antes que ele possa falar algo já me apresso em fechar a porta, mas meu pai é mais forte que eu e segura a porta.

— só quero conversar com você — ele fala calmo até demais

Suspiro e deixo ele entrar no quarto, deixei a porta aberta por precaução.

— o que quer aqui? — falo ríspida

— não tem nada pra me contar não? — cruza os braços me encarando

— não.

Sei muito bem do que ele está falando.

— tem sim. Você está grávida — estreita os olhos em minha direção

— como descobriu? — um nervosismo misturado com raiva começa a crescer dentro do mim

— não importa, só quero entender porque não me contou isso Lorena — sua voz saí grossa

— e eu quero saber como que você descobriu isso, porque a intenção era você não descobrir — tento manter a calma

Calma Lorena, não surta.

— Max me contou.

O que? Não, meu irmão não faria isso. Ou faria?

— não, Max não faria isso — nego rapidamente

— você não sabe — dá um sorrisinho falso

Engoli em seco, meu irmão não seria capaz de falar pra ele, não mesmo, ou seja que estou enganada? Por favor Max, não é possível que você fez isso. Eu conversei com ele e disse que não era pra falar nada pro nosso pai nem pra ninguém, não é possível que ele tenha traído a minha confiança assim.

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