50

916 92 5
                                    

Semanas depois

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Semanas depois...

A tão temida corrida do Japão chegou. Foi o prazo deu colocar o pé aqui que minha vibe e meus sentimentos viram de cabeça pra baixo. Eu não estou e nunca vou estar preparado pra correr aqui.

Eu estou muito mal, tem uma ansiedade enorme dentro de mim me fazendo querer sumir daqui. Só quero que essa corrida acabe logo.

A última corrida foi a de Singapura, foi uma corrida tranquila eu acho. Eu e Lorena estamos super bem, as mídias surtaram quando a gente apareceu publicamente de alianças.

O fato deu não estar bem com essa corrida me assusta, quando eu não estou bem eu me afasto, afasto as pessoas de mim. Vou afastar a Lorena e correr até o risco de machucar ela sem nem perceber.

Hoje é sexta, treino livre. Estou na sacada do quarto olhando a chuva fina cair lá fora enquanto a Lorena termina de se arrumar. Não estamos ficando quarto separados mais, ficamos juntos no mesmo quarto.

Esse tempo chuvoso que essa cidade sempre tem me trás sensações horríveis. As lembranças do dia em que minha família me disse sobre a morte de Jules começam a vir a tona na minha mente. Meu peito se aperta e meu estômago começa a revirar. Odeio essa sensação.

De repente os flashbacks começam a vir.

Flashback on

eu sinto muito filho, Jules não resistiu — ouso a voz chorosa da minha mãe

Lágrimas e mais lágrimas brotam nos meus olhos, meu peito se aperta e a respiração acelera.

Não, não. Ele não, por favor Jules.

Saio correndo de dentro da casa e deixo meus joelhos baterem na grama do quintal. Apoio minhas mãos na grama molhada e choro, choro como nunca chorei antes.

Uma das pessoas que mais amava nessa vida, meu melhor amigo, está morto? Ele morreu fazendo o que mais gostava e agora só restou destroços naquela pista.

Não pode ser verdade isso.

Aperto a grama nas minhas mãos e sinto a falta de ar vir a tona.

Jules — seu nome saí dos meus lábios como um sussurro dolorido

Charles — ouso a voz do meu pai

Levo as mãos até o rosto tampando ele e desabo completamente. Sinto as gotas de chuva engrosarem nas minhas costas. O céu está chorando por ele?

Sinto braços me envolverem e abraço meu pai escondendo o rosto em seu pescoço. Aperto sua camisa molhada em meus dedos e choro sentido, um choro dolorido capaz de quebrar qualquer um.

LET THE WORLD BURN Onde histórias criam vida. Descubra agora