|| Onde Lorena Verstappen é estrategista da equipe da Red Bull, esquipe que seu irmão mais velho Max Verstappen corre.
Lorena só não contava que a vida dela mudaria de uma forma absurda após começar a se envolver com o maior rival do seu irmão, vul...
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Dias depois...
Estamos na Hungria para o grande prêmio daqui. É a última corrida antes das férias. Essa palavra "última" me faz pensar somente em uma coisa.
Um mês longe do Charles.
Sim, eu vou sentir falta dele, são milhares de quilômetros entre nós.
Sou obrigada a admitir que estou criando sentimentos por ele, as coisas mudaram de um tempo para cá. As borboletas no meu estômago reviveram, Charles deu vida a elas de novo. Ultimamente eu amo passar o tempo com ele nem que seja a gente se implicando, sinto falta dele nos momentos que não estamos separados. Ele é meu pontinho de caos e paz ao mesmo tempo.
Eu realmente não queria ter que admitir isso, mas me apaixonei por ele. O que eu mais temia aconteceu.
Mas o sentimento de culpa cresce a cada dia mais dentro de mim. A culpa de estar escondendo isso da única pessoa na qual não deveria esconder. Meu irmão.
Só queria contar isso logo para ele, mas tenho medo e também não sei como contar.
— está no mundo da lua? — sinto um peteleco na minha testa
Olho pra cima vendo meu irmão já vestido com o macacão de corrida dele. Hoje é a classificação.
— posso nem pensar em paz mais — bufo
— e você pensa? — dá um sorrisinho irônico
Não aguento e mostro o dedo do meio pra ele. Com certeza ele está aprendendo isso com o Charles, esses dois amam ficar me perturbando.
— que dedo feio — abaixa minha mão
— vaza daqui. Vai trabalhar vai — empurro ele com o pé
— tô indo pirralha — ri indo em direção ao carro dele
Vejo meu irmão entrar e vou até a bancada pondo meus fones para ouvir o rádio dele.
Nunca vou me acostumar com Max correndo nessas coisas. Toda vez que Max entra em um carro desse eu rezo para que ele volte bem para mim, meu irmão é tudo o que eu tenho, se eu dia eu perder ele eu me perco junto também.
— me garante que seu irmão vai ganhar hoje? — ouso a voz do meu pai atrás de mim
Giro a cadeira que era giratória e encaro seus olhos.
— temos uma boa estratégia, agora o que ele faz ou deixa de fazer dentro de pista com aquele carro já não é problema meu — falo ríspida
— a língua está afiada hoje em Lorena — fala sério
— se me dá licença preciso trabalhar — me viro para frente de novo
Meu pai murmura alguma coisa que não entendi e saí dali.
