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Semanas depois

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Semanas depois...

Estamos na Áustria, a casa da Red Bull. Meu irmão está radiante e confiante.

Não vou mentir, estou bem desanimada e com medo do meu pai, se der alguma coisa de errado novamente ele vai vir pra cima de mim.

Charles e eu continuamos do mesmo jeito. Às vezes me dá tanta vontade de desistir desse rolinho nosso, de colocar um basta nisso, não quero que meu pai ameace ou faça alguma coisa com ele. Quando penso em dar um basta nisso, eu mudo de ideia na hora, fiquei nove anos separada dele, passei esses nove anos da minha vida sem uma das pessoas mais importantes da minha vida, não sei se agora eu vou conseguir me afastar dele.

Lembro que depois que fui embora de Maranello, fiquei mais uns três anos esperando dar meia noite do dia 16 de outubro só para poder falar "feliz aniversário, Charlie", mesmo sabendo que ele não iria escutar. Meu aniversário é no dia 15 e o dele dia 16, a gente sempre passou o aniversário juntos ou pelo menos uma grande maioria deles.

Lembro que no meu aniversário de 15 anos, Charles me deu um colar com o pingente de girassol, essa é minha flor favorita. Tenho esse colar guardado lá em casa até hoje.

Mas enfim, vamos ver até quando esse rolinho vai durar.

Hoje é sábado e a qualificação acabou tem um tempo já. Fomos liberados e saí do box da Red Bull.

Assim que estava andando pelo paddock para poder ir até o estacionamento pegar meu carro, vi Charles e a mãe dele, senhora Pascale.

Automaticamente meu sorriso veio na orelha, sempre gostei muito dela, ela cuidava e amava quando eu e meu irmão estávamos junto com Charles e os irmãos dele.

Fui andando na direção deles, a mãe de Charles me viu e já abre um sorriso enorme. Ela me conhece até hoje, sempre me acompanhou às redes sociais.

— tia Pascale — sorrio

Eu e meu irmão sempre chamamos ela assim. Jules e o pai de Charles a gente também chamava de tios.

— oi querida, que saudades de você — ela me abraça forte

— também estava com saudades — abraço ela forte

A mãe de Charles sempre me considerou como filha, eu era a única menina no meio de quatro meninos, eu era a princesinha dela, a filha mulher que ela não teve. Na ausência da minha mãe que trabalhava muito, Pascale fazia um papel absurdo de mãe, sempre cuidou muito bem de mim.

— oi para você também — Charles me olha

— oi Charles — olho pra ele

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