Capítulo 23

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Juliette ficou com o olhar vago por minutos e Rodolffo chamou a sua atenção quando fez um carinho na sua bochecha.

- Ei... Você consegue me ouvir? Me ver? Sente o meu toque?

- Rodolffo... - ela disse em seguida. - Você? É você?

- Sou eu...

- Como veio para cá? Desde quando?

Rodolffo entendeu que Juliette não estava reconhecendo o local.

- Estamos no Brasil e você está hospitalizada a duas semanas. Lembra que tinha um aneurisma?

- Eu recebi o diagnóstico ontem...

- Calma... Não precisa lembrar de tudo agora. Saiba apenas que tudo vai ficar bem agora.

Juliette segurou firme nos dedos de Rodolffo e sorriu:

- Você me perdoou? - os olhos dela estavam marejados. - Estamos juntos? Você me ama?

Rodolffo segurou a mão dela e deu novamente um beijo ali. Olhando nos seus olhos lhe disse:

- Eu nunca deixei de te amar.

- Eu sempre te amei... Mesmo com meus erros, nunca te esqueci. Estou tão feliz de acordar e te encontrar.

- Eu vou chamar o médico. Fica quietinha que eu não demoro.

Juliette ficou olhando ele sair do quarto e deu um aceno constante.

O médico foi informad do despertar e da perca de memória.

- Mas ela te reconhece?

- Sim. Mas aparentemente não lembra de nada que aconteceu com ela desde que voltou ao Brasil. Juliette não lembra da noite que antecedeu o seu internamento. Como vou falar para ela da gravidez?

- É muito recente... Calma. Ela pode lembrar de tudo amanhã, é uma perca da memória recente. E uma gravidez até às 12 semanas é muito incerta.

- Não diga isso. Nós já perdemos um bebê no passado e ela não sabia. Só ficou sabendo quando ele já estava a deixando.

- Vamos com calma. Precisamos testar a Juliette e certas coisas vão ficando para depois. Agora preciso vê-la.

...

O médico foi ver Juliette e a acharam sentada na cama.

- Você voltou... O meu Rodolffo voltou.

O médico olhou para Rodolffo e foi conversar com Juliette. Foi feita as apresentações e ele fez uma série de perguntas:

- Juliette atualmente você mora onde?

- Em Atlanta nos Estados Unidos. Eu trabalho muito e também ganhou bastante dinheiro, mas não sou feliz. Foi por isso que eu fiquei doente.

- Juliette você perdeu uma parte da sua memória. Tem uns dois meses que você mora com seus pais no campo e quando você passou mal, quem estava ao seu lado e lhe prestou socorro foi o seu namorado, o Rodolffo.

Ela sorriu e olhou para Rodolffo.

- Ele que ficou comigo esses dias todos?

- Sim. Sempre esteve aqui e quase todas as noites estava pernoitando no hospital mesmo que você estivesse cedada.

- É que ele me ama e eu também amo ele doutor.

- Que bom. Isso é excelente. O quê você quer fazer agora? Levantar e andar?

- Quero água... Tenho sede.

- Então levanta e vem beber água.

Rodolffo ajudou Juliette a ficar de pé e o médico fazia suas avaliações. Ela sentia muita fraqueza e andou muito pouco, então sentou e lhe trouxeram água.

- Está doendo... Eu não quero mais. - ela entregou o copo.

- É normal, mas logo vai passar. Essa tormenta vai passar. - o médico encorajava aos dois. - Juliette, gostaria de tomar um banho para se alimentar?

- Não tenho como ficar de pé agora.

- Não seja por isso... Temos cadeiras de banho e o seu Rodolffo pode te ajudar. Que diz?

- Não quero que ele me dê banho.

- Por que não?

- Não é romântico...

- Deixa disso Juliette... Eu faço isso com carinho e assim você fica bem linda para quando seus pais vinheram te ver.

- Eles virão?

- Claro que sim. Já os avisei e será a Gisele que trará os dois.

Juliette sorriu e aceitou a ajuda de Rodolffo. Quando ele organizava tudo para banhá-la, o médico fez algumas perguntas:

- Ela é sempre assim? Sorridente demais Rodolffo?

- Não. Ela está diferente, mas acho que foi o tempo cedada que fez isso. Os medicamentos também... O quê importa é que ela tem consciência da maioria das coisas.

- A alimente, isso é importante. Dieta leve. Até mais tarde.

Juliette esperava por Rodolffo, mas não tinha um sorriso no rosto. Ela parecia apreensiva.

- Liga o chuveiro... Eu tento sozinha.

- Não quer a minha ajuda? Eu estou aqui para isso.

- Eu tenho vergonha... Estou tão feia.

- Não. De nenhuma forma é feia.

- Nós... Já... Você me viu nua de novo?

- Sim e já fizemos o amor mais gostoso do mundo. Não tenha vergonha de mim.

Ela relaxou depois disso e se permitiu ser banhada.

...

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