Rodolffo levou Juliette com cuidado para sua casa.
- Seu pai não viu a nossa ida com bons olhos.
- Rodolffo, isso é importante?
- Não gosto de desrespeitar ninguém.
- E não está desrespeitando. Eu estou indo por que quero e qual a cerimônia, se ele é consciente que estou esperando um filho seu... Já não sou uma virgem há anos e não é agora que vou voltar a ser.
- Não fale assim... Se estiver esperando uma menina não quero ser muito diferente do seu pai.
Juliette estreitou os olhos para Rodolffo.
- Careta!
- As coisas são bem diferentes quando estamos do outro lado.
- Pois se ela herdar os pais...
- Não vai...
Ele balançou a cabeça e Juliette sorriu.
- Nós éramos dois doidos. Até hoje me sinto culpado por isso. - Rodolffo disse com a voz mais baixa.
- Sério?
- Acho que devíamos ter esperado.
- De certo a separação seria menos dolorosa, mas não devemos relembrar isso. É um novo tempo.
- Quer vir morar comigo? Eu sei que é cedo mas...
- Eu quero. - Juliette não tardou a responder. - Amanhã você pode ir buscar as minhas coisas?
- Não está me testando, não é?
- Você está me testando?
- Claro que não. Então por eu faria isso? Quero estar com você.
Rodolffo segurou sua mão e seus lábios sorriram.
...
A chegada na casa foi muito satisfatória para Juliette.
- Aqui é tudo muito simples. Na separação me desfiz de vários móveis, mas nós podemos mudar o quê você quiser.
- Essa propriedade é sua?
- Não oficialmente, mas eu pago um financiamento. Então é minha, mas se eu não tiver dinheiro para quitar as parcelas, então não é minha.
- Eu posso te ajudar com isso.
- De jeito nenhum. Não quero que gaste o seu dinheiro comigo.
- Se eu vou morar aqui, o dinheiro não é gasto contigo ou comigo e sim conosco, como também com esse bebê. Não seja orgulhoso.
- Não é necessário, de verdade.
- Eu quero comprar uma propriedade e se vamos morar juntos... - ele a interrompeu.
- Vamos com muita calma. Você stá em fase de recuperação.
- Tudo bem. Se é o seu desejo...
- Vem vê o seu quarto...
Ele segurou a mão de Juliette e ela foi com ele para um quarto com traços bem masculino.
- Na verdade aqui é o meu quarto...
- Eu pensei que me traria a outro e isso me decepcionaria bastante.
- Dormimos juntos se você quiser, mas o seu descanso e repouso serão até a alta médica.
- Eu já entendi isso, mas acho que você está mandando mensagem contínuas para o seu cérebro com o objetivo de se controlar.
- Auto controle é o meu forte, mas você é o meu ponto fraco. Te vê aqui e não poder te tocar é difícil...
- Mesmo eu estando feia?
- Não está feia... Nunca soube o quê é isso. - ele segurou o rosto dela com as duas mãos. - Eu juro te respeitar e te cuidar.
- Nunca duvidei que faria isso. Essa é a sua essência, qualquer desvio não é natural de você.
Ali começava um novo capítulo de uma história que não teve um ponto final e sim reticências.
...
