Capítulo 31

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Dois dias depois o casal voltou para casa e Rodolffo não estava indo atender nem as emergências que surgiam.

- Os animais precisam de você.

- Sim, mas eu tenho a minha prioridade e não me sinto seguro de te deixar sozinha aqui.

- Rodolffo... Me deixa te ajudar. Eu tenho condições. Podemos comprar essa propriedade e fazer um consultório para que você consiga atender em casa.

- Eu não quero estar limitado a um lugar. E eu não quero que gaste seu dinheiro. Um dia você pode precisar dele.

- Eu lutei muito para ter o quê tenho, mas não me arrependo por que de agora em diante não pretendo mais trabalhar para nenhuma empresa. Depois da gestação eu quero empreender. Tenho um software inédito e pretendo vendê-lo e também montar um negócio. Vamos ser sócios?

- Sócios?

- Sim. Podemos montar uma farmácia veterinária. Uma loja de suprimentos para o homem do campo... Juntos nós podemos ser bem sucedidos.

- Tem certeza disso?

- Eu tenho.

- E as suas lembranças?

- Eu sei que se arrependeu.

- Vem cá... - Rodolffo chamou Juliette para sentar no meio de suas pernas.

Juliette foi a passos lentos, sentindo-se abraçada, ao mesmo tempo que encostou a cabeça no peito de Rodolffo.

- Eu fiz tudo isso por orgulho. Fui estúpido, mas foi tão incrível, intenso e inesquecível.

- Você não lembra direito, estava bêbado. - ela disse um pouco triste.

- Eu lembro sim. Cada detalhe daquela noite está gravado na minha mente. Como é que um homem esquece da noite que teve o amor da sua vida nos braços de novo?

Juliette ficou emocionada.

- Você estava tão linda e cantou tão bem aquelas canções no show. Eu deveria ter aproveitado muito mais, mas estava sendo imbecil com o meu orgulho.

- Você ainda me deseja como mulher?

- Muito... Eu quero você para sempre. - ele segurou o queixo de Juliette. - Casa comigo Juliette? Eu sei que o nosso amor ainda é vivo como brasa e não irá se apagar se tivermos um desejo em comum de recomeçar.

- Eu prefiro que me faça essa pergunta depois que o bebê nascer. Daqui lá continuamos como estamos. O repouso não nos permite ter nada além de trocas de carinho, mas saiba que eu não vou me magoar se você quiser ter alguém...

Ele a interrompeu.

- Não diga uma mentira. Você ficaria triste se eu ficasse com alguém e eu me sentiria um nojento se fizesse isso. Eu espero o seu tempo... O nosso tempo.

Juliette sentiu-se aliviada e descansou naquele abraço.

...

Os meses passarão e a tranquilidade veio para a gravidez de Juliette.

Aos sete meses ela estava bem grávida e a bebê tinha plena saúde.

- A gestação está te deixando tão linda Juli. - Gisele disse passando a mão na barriga da cunhada. - Cadê o meu irmão?

- Ele saiu para um atendimento. Gisele, eu te chamei aqui por que preciso de ajuda para fazer um jantar para seu irmão. Eu não sou a melhor das cozinheiras, mas ele já me disse que você é.

- Hum... Que bom que você ainda pensa nessas coisas...

- No jantar? Claro que sim... Todos os dias.

- Juliette... Eu não sou boba... Não é só um jantar. Você já repetiu umas cinco vezes no mínimo que o médico te liberou do repouso.

- Gisele... Eu falei isso tantas vezes?

- Sim. - elas sorriram.

- O terceiro trimestre está sendo a melhor fase. Me sinto mais disposta, mais bonita, mais confiante e também mais apaixonada. Eu estou errada?

- Não. Você está certa. E merece essa reta final tão boa.

- A sua mãe parou de me rogar pragas?

- Você sabe que ela nunca vai aceitar... Então não escuta.

- Ela me odeia tanto. E eu sinto muito por isso.

- Não sinta. Apenas viva feliz com meu irmão. Isso é suficiente. Vamos fazer o jantar por que vocês merecem.

Gisele e Juliette eram boas amigas.

...

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