Capítulo 6

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- É brincadeira isso né? - ele não acreditou.

- É a pura verdade. E eu já ganhei muito dinheiro com isso.

- Raquel... Eu não sei o quê dizer. Nunca imaginei.

- É... Eu também nunca imaginei, mas estou aqui. Não me sinto feliz fazendo o quê faço, mas é meu meio de vida.

Rodolffo sentiu-se desterrado.

- Eu não acredito que você fez isso. Raquel a nossa vida era assim tão ruim?

- Claro que não. Você sempre foi um bom provedor. Um marido carinhoso,  atencioso e cheio de carinho para dá. Eu fui quem escolhi mal.

- A vida é sua. Você sabe o quê faz.

- E tem outra coisa que eu não poderia deixar de te contar.

- O quê?

- Eu estou grávida.

Ele a olhou incrédulo.

- É irônico eu te contar isso e esse bebê não ser seu. Isso me prova que eu errei demais. Quando me pedia um bebê, sempre tinha uma desculpa e agora eu estou esperando uma criança de um homem que não quer nem assumir o filho. - Raquel chorou. - O destino é mesmo implacável.

- Um filho é benção. Pense nisso.

Raquel saiu do seu lugar e foi até onde Rodolffo estava, se sentando no seu colo, sem que ele pudesse lhe dizer "não".

- Me abraça forte.

Ela quem mais abraçou dessa vez. Rodolffo estava bem desnorteado nesse momento.

- Não fica diferente comigo, por favor.

- Não vou ficar. Mas eu sei que a sua visita, não é em vão.

- Eu preciso da sua ajuda.

- De que forma?

- Não tenho para onde ir com o bebê.

- Um momento Raquel. - ele fez sinal para que ela levantasse.

De pé ele a encarou.

- Quer voltar a morar comigo? É isso?

- Não sei se você aceitaria.

- Raquel está me pedindo muito e espero que saiba disso. Te quero bem, mas não posso me apegar a um filho seu.

- É um menininho. Eu já estou de quatro meses.

- Não faça isso comigo. Sabe que eu não mereço. Esse sempre foi um sonho meu, eu te falava e você me chamava de egoísta. Agora é você a egoísta.

- Me perdoe.

- Fica a vontade aqui em casa por hoje. Amanhã é um novo dia, eu preciso pensar. Minha cabeça está girando até agora.

Rodolffo se afastou de Raquel e ela não mais o viu.

...

Enquanto isso em Atlanta.

Num barzinho, Juliette tomava um drink enquanto ouvia música eletrônica. Ela gostava da sua própria companhia na maioria das saídas noturnas.

Quando menos esperava um homem chegou junto dela e eles começaram a interagir, até surgir o convite:

- Vamos dançar?

- Vamos... - ela disse animada e foram para a pista e dançavam enquanto bebiam.

A química não era tanta, mas Juliette permitiu ser beijada, mas o beijo não bateu nem na primeira e nem na segunda tentativa.

- Eu vou ao banheiro. - ela disse ao ouvido do parceiro. - Volto já.

Foi, mas não voltou e o homem a espera até agora.

A vida de Juliette era aos olhos de todos tão incrível e fantástica, mas aos dela era tão vazia e sem propósito.  A cada dia que passava ela estava com mais dinheiro na conta, mas sua vida minguava mais e mais.

Entristecida, ela foi olhar sua rede social e só assim se deu conta da curtida de Rodolffo na sua foto em Machu Picchu.

Em contrapartida, ela foi até o perfil dele e viu várias fotos em que lhe merecia uma curtida, mas foi na de um prêmio que ele recebeu ano passado, que ela deixou uma curtida e também um comentário:

"Muito sucesso hoje e sempre".

Ela sorriu e se achou ousada, mas sabia que sempre foi assim com ele. Isso lhe arremeteu a uma lembrança de um dia no colégio.

"- Xuliii... Não faça isso. - ela lhe dava beijos no pescoço, enquanto ele a tinha no colo.

- Eu quero tanto que vá me visitar hoje.

- Hoje não tem como...

- Por quê?

- Por que o meu pai deu vacina no cavalo hoje, não posso forçar o pobre.

- Acho que no depósito não tem ninguém.

- Não vamos fazer isso lá.

- Rodolffo não me diga não.

- Não tenho nenhum preservativo. Mas eu vou pegar essa semana.

Eles estavam escondidos entre algumas árvores e trocavam beijos apaixonados.

- Vem... Confia em mim. - ela disse o conduzindo para um depósito.

De forma clandestina e rápida eles se amaram.

- É por isso que eu te amo.

- Eu também te amo muito minha princesa.

- Te amo meu príncipe.

Eles sempre saiam um para cada lado, porém os sorrisos e olhares falavam muito mais que mil palavras."

...

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