Conforto.|Fern|

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°•Bern pov•°

  Ando calmamente pelos corredores da escola, a procura de uma pessoa específica na verdade, preciso descansar e só vou conseguir isso quando estiver com ele, é dele que eu preciso agora.

  Fico olhando para todos os lados no longo corredor, vários grupos estavam conversando, alguns só compostos por garotas outro só por garotos e também tem os que mistura os dois gêneros, estou a procura de um que deve esta só com garotos.

  Quase no final do corredor finalmente acho Feuripe e seus amigos, nós estamos ficando a um tempo e a maioria da escola já estava sabendo na primeira semana, só tem fofoqueiro aqui também.

  Ando até o grupo deles e passo por todos os garotos até chegar no Feuripe, o abraço por trás encostando a minha cabeça em seu ombro e fechando meus olhos, minha respiração está regular e seus braços me confortam.

- Bern? - Feuripe pergunta encostando em minha cabeça. - Tudo certo?

- Pode conversar, só quero ficar abraçado com você. - Falei baixinho e ele concordou, logo comecei a ouvir as vozes de seus amigos novamente.

  Nunca pensei que o bagunçeiro da turma faria eu me senti tão bem e calmo, sempre odiei ele, na verdade, o barulho que ele faz e fazia, odeio esses tipos de coisas, barulho, bagunça e brigas, são as coisas que mais odeio, são os tops três da minha lista imaginaria de coisas que mais odeio.

  Dois meses atrás eu e Feuripe nem conversamos, na verdade como eu disse eu o odiava mas então por conta de um trabalho em dupla no qual a professora que escolheu as duplas ficamos juntos, os professores sempre fazem isso, colocam os que menos se gostam juntos ou os que menos conversam, eu e Feuripe éramos os dois.

  Depois daquele trabalho, que foi um saco fazer, nos começamos a se aproximar e em duas semanas não tinha ninguém que nos separavamos, mesmo nos dois sendo o oposto um do outro acabou que ele aprendeu a não ser tão barulhento perto de mim e eu aprendi a ser um pouco mais barulhento, muito pouco mesmo.

  Depois de um mês, por conta de uma noite de festas que Feuripe me obrigou a ir nós nos beijamos e começamos a percebe algo a mais, não queríamos apesar as coisas então estamos só ficando, não sei se eu peso ele em namoro ou ele vai querer me pedi em namoro mais isso é o de menos eu acho.

  Me sinto confortável perto dele, é a primeira vez que me sinto confortável perto de uma pessoa barulhenta e eu realmente estou gostado ele, entendo se ele só quiser ficar comigo e depois acabar com tudo, me preparo mentalmente todo dia para se isso acontecer.

- Bern. - Escuto Feuripe me chamar, abro os olhos levantando a minha cabeça, ele se virou para mim. - Tá tudo bem mesmo?

- Está sim Feu. - Falei dando um beijo em sua testa. - Como eu disse eu só queria ficar abraçado com você.

- Você não é de abraços. - Retrucou oque eu disse.

- Você já deveria saber que isso não se aplica a você. - Falei e vejo um sorriso fofo aparecer em seu rosto, ele sobe em meu tênis – por ser bem mais baixo que eu – e me beija, um pequeno beijo por estarmos na escola. - Te amo.

- Também te amo. - Falou saindo de cima do meu tênis e me abraçando, sua cabeça encostou em meu peitoral e eu comecei a fazer um cafune em sua cabeça. - Podemos matar aula?

- Sério? - Falei e ele levantou a cabeça com a cara de um cachorro abandonado. - Tá tá.

- Eba! - Falou e então segurou minha mão, nossos dedos se entrelaçaram quase que no mesmo segundo.

  Ele começou a me levar para algum lugar, depois de um tempo vi que ele está me levanto para o terraço, o lugar onde a maioria dos alunos vão para matar aula e não são encontrados, ele sobre as escadas rapidamente.

  Se ele se esforçasse nos estudos igual se esforça para matar aula tenho certeza que ele seria um aluno nota dez, não duvido que ele se enfie em um lugar pequeno só para ninguém pensar que ele estaria ali e ficasse sem aula.

  Então finalmente sinto a brisa fresca bater em meu rosto, agora é outono, para mim o meu tempo favorito, ele não é quente nem frio, o tempo ideal para mim.

  Ele me leva até um canto e então nós sentamos, eu me sentei mais perto do muro de proteção e ele do meu lado deitando em seguida deitando em minhas pernas, logo começo a fazer cafune em seus cabelos.

- Bern. - Feuripe me chamou abrindo os seus olhos. - Você conseguiria viver sem mim?

- Seria difícil. - O respondi sorrindo. - Mas dependendo do porque eu teria que viver sem você eu tentaria ao máximo.

- Como assim?

- Tem vários jeitos de nós termos que nos separamos, você pode morrer ou ter que se mudar, podemos cansar u..

- Você se cansaria de mim. - Ele perguntou levantando e se virando para olhar para mim.

- Claro que não! Mas é uma opção, você também pode se cansar de mim. - Falei em um tom de desespero.

- Eu nunca vou me cansar de você. - Ele falou vindo até mim. - E você não vai se cansar de mim.

  Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele me beija, um beijo longo e suave, parece que ele ficou realmente encomodado com essa opção, até que eu gostei, sei que ele não vai se cansar de mim.

- Tá entendido? - Ele falou meio ofegante e me olhou sério.

- Está. - Falei e então puxei ele pelo cabelo suavemente para mais um beijo.

  Nos separamos e ficamos nos encarando por um tempo, ele então se deitou em meu colo novamente e eu novamente comecei a fazer carinho em seu cabelo, ele parecia confortável e eu estava.

- Você vai me pedir em namoro quando?

- Daqui duas semanas.

- Oi!? - Ele novamente levanta e me olha com os olhos supresos. - Se tá falando sério?

- Por mim nos já estaríamos namorando faz tempo. - Falei e ele pulou em cima de mim gritando um 'Meu Deus' muito rápido.

- Eu vou esperar. - Ele falou me olhando e eu só concordei sorrindo. - Tô falando sério.

- Eu também. - Falei trazendo ele para o meu colo. - Daqui duas semanas estaremos namorando.

  Ele encostou sua cabeça em meu peito e fechou os olhos, deixei minha mão repousar em sua cintura então fechei meus olhos, aproveitando a brisa fresca e a companhia de Feuripe comigo.
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● 1112 palavras ●

○ Ou eu faço capítulo sad ou vocês vão ficar um tempo sem one-short porque senhor, ou isso era ressaca de escrita ou eu não sirvo para fazer coisas felizes.

○ Espero que tenham gostado.

Ones Shorts. Creative SquadOnde histórias criam vida. Descubra agora