Capítulo 7: Enquadro "policial"

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Pov: s/n

Era começo de tarde, e com Billie ainda na faculdade, decidi me desafiar com algo que andava treinando nas últimas semanas. Manter o foco e a disciplina era parte do que me ajudava a manter a saúde em dia, tanto física quanto mental, e eu sabia o quanto isso me fortalecia. Passei uma rotina rápida de aquecimento, sentindo o corpo responder, aquecido e pronto para o desafio que eu mesma tinha imposto: um exercício de equilíbrio em que sustentava o peso do corpo nos braços, de cabeça para baixo, apenas com as palmas firmes no chão.

Só de top e uma calça moletom, tirei os tênis e fiquei só de meias. Me posicionei com calma, me concentrando na respiração e no controle dos músculos dos ombros e do abdômen, mantendo a estabilidade. Senti a força percorrer os braços, as mãos fixas no chão, e mantive a postura, focada. A sensação de controle sobre o próprio corpo era energizante, e cada segundo contava.

No instante seguinte, a porta se abriu de repente, e a figura de Billie apareceu na entrada. O susto foi inevitável — meus braços tremeram, e em um segundo perdi o equilíbrio, caindo no chão com um baque leve.

Billie deu um passo à frente, olhos arregalados e um sorrisinho de surpresa.

— Tá tudo bem? — ela perguntou, com um toque de diversão na voz enquanto se inclinava um pouco para me olhar melhor.

Suspirei.

— Sim, sim, tô bem... Só não esperava a porta se abrindo assim, no meio da minha meditação de cabeça pra baixo — respondi, rindo enquanto me levantava e limpava as mãos.

Ela me olhou com uma expressão de quem tenta segurar o riso, mas acaba soltando uma risada leve junto comigo.

— Essa foi boa — disse Billie, com um sorriso que misturava surpresa e admiração. — Mas olha só pra você! Nunca imaginei que ia te encontrar assim, quase uma acrobata profissional.

Sorri, ajeitando o cabelo meio bagunçado da queda, sentindo a leveza da situação. Era bom rir com ela assim, desses momentos bobos.

Billie sorriu, e senti o olhar dela descer pelos meus braços e parar na minha barriga. Era um olhar que eu conhecia — observador e um pouco curioso, mas dessa vez, com uma dose de admiração que não escapou. Ela se aproximou mais, os dedos deslizando de leve pelo meu braço, quase em um toque de brincadeira.

— Sabe, não posso negar... Esses braços ficaram bem mais fortes desde aquela época. E essa barriga tanquinho nem se fala. Fora essas coxas, sempre tive que me controlar pra não ficar olhando quando a gente tava juntas... — Ela riu, olhando pra mim com um brilho no olhar.

Levantei uma sobrancelha, fingindo surpresa. — Espera, você tá admitindo isso agora? Porque antes sempre dizia que eu tava exagerando, que era coisa da minha cabeça...

Ela deu de ombros, um sorriso travesso surgindo no rosto. — Talvez eu estivesse só bancando a durona, sabe? Mas agora... — Billie levou a mão até minha barriga, deixando os dedos passarem de leve pelos contornos definidos. — Vou confessar: as coxas chamavam minha atenção. Tá, eu já era meio apaixonada por elas naquela época.

Ri, balançando a cabeça e cruzando os braços enquanto olhava pra ela. — Então tudo isso era só fachada? E eu achando que tava maluca...

Ela deu um passo ainda mais próximo, o rosto dela a poucos centímetros do meu, o olhar carregado de malícia. — Acho que agora posso admitir. Já não preciso esconder nada de você.

Billie sorriu, mordendo o lábio como se estivesse segurando uma boa notícia. Ela ajeitou os cabelos e me olhou com um brilho de animação que eu não via há tempos.

Um Brilho Por Trás do Bullying 2 - Billie Eilish & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora