Pov: s/n
Três meses depois, aqui estávamos nós, no banco de trás do carro do Finneas, a caminho do hospital. Meu coração batia mais rápido do que eu queria admitir, e eu tentava me concentrar no que estava por vir. Hoje seria o dia em que descobriríamos o sexo do bebê. O bebê. Meu Deus, parecia surreal até agora.
Finneas dirigia com uma expressão de leve impaciência - típico dele.
- Vocês duas estão quietas demais aí atrás. Isso não é normal. - comentou, lançando um olhar divertido pelo retrovisor.
Eu ri, mas não tinha como negar que estava nervosa. Talvez fosse mais a ansiedade do que qualquer outra coisa.
Billie, por outro lado, parecia estar em outro universo. Ela não parava de me olhar. Eu podia sentir os olhos dela em mim a cada segundo, como se ela não conseguisse desviar. Quando olhei para ela, vi aquele sorriso bobo, o mesmo que me conquistou tantas vezes antes.
- Tá olhando o quê? - perguntei, tentando parecer casual, mas meu tom saiu mais brincalhão do que eu esperava.
- Você. - respondeu, como se fosse óbvio. Ela estendeu a mão para segurar a minha. - É que... você tá tão linda.
- Ah, Billie, para com isso. - disse, mas senti o rosto esquentar. Ela sempre tinha esse efeito em mim, mesmo depois de tanto tempo juntas.
- Eu tô falando sério, amor. Você tá radiante. - ela passou o polegar pela parte de trás da minha mão, um gesto simples, mas cheio de ternura.
- Dá pra vocês duas guardarem isso pro ultrassom? - Finneas interrompeu, revirando os olhos, mas havia um sorriso no rosto dele. - Vocês são insuportavelmente fofas, sabia?
- E você é insuportavelmente ranzinza, Finneas. - Billie rebateu, rindo.
Eu olhei para ela e não consegui evitar sorrir. Ela estava tão animada quanto eu, talvez até mais. Sua mão não soltava a minha, e vez ou outra ela se inclinava para beijar minha testa ou acariciar minha barriga com um olhar de pura adoração.
- Tá pronta pra descobrir? - ela perguntou, sua voz cheia de expectativa.
- Acho que sim. - respondi, apesar da sensação de borboletas no estômago.
- Não importa o que for, vai ser perfeito. - disse Billie, baixinho, como se fosse um segredo só nosso.
Eu sabia que ela estava certa. Menino ou menina, isso não importava. O que importava era que estávamos aqui juntas, vivendo algo que nem nos nossos maiores sonhos imaginávamos ser possível.
Enquanto o carro se aproximava do hospital, Billie apertou minha mão com um sorriso que eu sabia que guardaria para sempre na memória. Eu me inclinei para beijar sua bochecha, e por um momento, tudo parecia exatamente onde deveria estar.
Assim que chegamos ao hospital, Finneas estacionou o carro e saiu primeiro, dando a volta para abrir a porta para nós. Ele fazia isso mais para provocar Billie do que por gentileza - algo que ela nunca deixava passar.
- Eu posso fazer isso, Finneas. - Billie reclamou enquanto saía do carro e estendia a mão para me ajudar a descer.
- Hoje, você só se preocupa em segurar a mão da s/n. Eu cuido do resto. - ele respondeu, sorrindo de um jeito quase irritante.
Billie revirou os olhos, mas acabou sorrindo também.
Entramos no hospital, e eu sentia o nervosismo aumentar a cada passo. Billie não soltava minha mão, seus dedos entrelaçados aos meus enquanto andávamos até a recepção. Depois de nos registrarmos, fomos direcionadas para uma sala de espera.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Um Brilho Por Trás do Bullying 2 - Billie Eilish & S/N
FanficDepois de sair da prisão, s/n enfrenta dilemas próprios com suas crises noturnas voltando ao último dia em que passou na escola com Billie Eilish, atormentada pelos eventos ocorridos naquele dia. Billie, por sua vez, já havia adiquirido auto confian...