Capítulo 10: Casa comigo

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Pov: s/n

Acordei naquela manhã estendendo o braço pela cama, procurando Billie, mas ela não estava ao meu lado. Esfreguei os olhos, sentindo a leveza do quarto silencioso, e me levantei apenas com um top e uma boxer dela. Peguei meus chinelos e saí do quarto, meio sonolenta.

- Amor? - chamei, mas não ouvi resposta.

Passei pelo banheiro, depois pelo quarto de visitas e até o escritório que ninguém usava. Nenhum sinal dela.

- Billie?! - Chamei um pouco mais alto.

- Tô aqui, amor! - veio a resposta lá de baixo.

Desci as escadas e me dirigi para a cozinha, e lá estava ela, absolutamente deslumbrante, vestida em seu uniforme novo de policial. O tecido preto, justo, se ajustava ao corpo dela como se fosse feito sob medida, valorizando cada detalhe. A arma estava presa na lateral de sua coxa, dando a ela uma presença ainda mais marcante.

- Nossa... Como você tá gata. - murmurei, me aproximando enquanto ela comia um lanche rápido, de pé na bancada.

Ela me olhou com um sorriso malicioso. - Só não tanto quanto você nessa boxer marcando aí... - lançou um olhar direto, mordaz, para minha parte íntima, o que me fez rir e ajeitar a boxer.

Me aproximei ainda mais, observando ela de cima a baixo. Os cabelos dela caíam de forma descontraída sobre os ombros, e aquela roupa trazia uma intensidade nova no seu olhar. Parecia surreal vê-la assim.

- Você tá tão linda que acho que não consigo resistir... - murmurei, a abraçando pela cintura enquanto ela tentava continuar comendo.

- É mesmo? - Billie riu, mas logo tentou escapar. - Só que agora eu preciso sair, tá? Tô atrasada pro meu primeiro dia como policial civil.

- E se eu não deixar você ir? - brinquei, mas ela se afastou, rindo enquanto eu descia mão e apertando entre suas pernas.

- Para, s/n! Eu tô falando sério! Tira a mão daqui - disse, meio rindo, meio tentando se desvencilhar.

- Tá bom... só porque você tá atrasada. - Fingi ceder, mas no instante em que ela se virou para sair da cozinha, eu a abracei por trás, segurando ela firme.

- Me solta, amor! - Ela riu, tentando manter a compostura, e eu dei um beijo rápido em sua bochecha antes de deixá-la ir, sabendo que não havia forma melhor de desejar a ela um bom primeiro dia.

Assim que Billie finalmente se desvencilhou do meu abraço e saiu da cozinha, fiquei observando enquanto ela pegava as chaves e se preparava para sair. Ela olhou para mim uma última vez, e seu sorriso era uma mistura de ansiedade e confiança. Era o primeiro dia oficial dela como policial civil, um marco que mostrava o quanto ela tinha se transformado desde aqueles tempos difíceis do colégio.

Assim que ela saiu, o silêncio da casa me envolveu. Senti um misto de orgulho e apreensão. Saber que agora ela estaria envolvida em situações potencialmente perigosas me deixava tensa, especialmente com as mensagens estranhas que eu tinha recebido recentemente. Por mais que tentasse me tranquilizar com o fato de que ela estava treinada, a lembrança dos pesadelos me incomodava. Revivia às vezes flashes das ameaças e da violência do passado, e agora a ideia de perder Billie de alguma forma era uma possibilidade que me dava calafrios.

No entanto, ao mesmo tempo, eu também sorria sozinha. Ver o quanto Billie tinha evoluído, de uma garota vulnerável no ensino médio a uma mulher determinada e corajosa, era emocionante. Ela era mais forte do que nunca, e talvez até mais forte do que qualquer medo que eu pudesse ter.

Um Brilho Por Trás do Bullying 2 - Billie Eilish & S/NOnde histórias criam vida. Descubra agora