Um Brilho Por Trás do Bullying 2 - Billie Eilish & S/N

Capítulo 21: Aceito

Pov: s/n

No dia seguinte, à noite

Eu estava no quarto, ajustando os últimos detalhes do meu visual, enquanto Billie já estava pronta na sala, claramente ansiosa.

— Anda, S/N! A gente vai se atrasar! — ela gritou da sala.

— Já vou! — respondi, terminando de ajeitar meu cabelo.

Quando finalmente cheguei à sala, o som dos passos ecoando no chão, Billie se virou para me olhar. Seus olhos brilhavam de um jeito que fazia meu coração acelerar. Ela me observava como se eu fosse a única pessoa no mundo, o sorriso nos lábios era aquele que só surgia quando ela estava genuinamente feliz.

— Você tá linda. — ela disse, com uma admiração que me deixou levemente corada.

Revirei os olhos, rindo.

— Você diz isso todo dia.

— Porque todo dia é verdade. — ela respondeu, se aproximando e me puxando pela cintura.

Ela inclinou o rosto, claramente com a intenção de me beijar, mas me afastei ligeiramente.

— Não! Billie, não! Vai borrar meu batom.

Ela fez um bico, fingindo estar ofendida.

— Só um selinho.

— Nem pensar! Agora me solta e vamos logo antes que Finneas reclame.

Ela suspirou dramaticamente, mas o sorriso travesso voltou ao rosto dela.

— Tá, tá. Mas, mais tarde, eu juro que vou borrar esse batom todinho.

— Sei, sei. — retruquei, rindo enquanto pegava minha bolsa.

Quando saímos, Billie foi direto para a viatura. Desde a explosão do carro, ela estava usando um veículo da delegacia para se locomover, e, honestamente, era estranho andar por aí naquele carro. Mais estranho ainda era o fato de Billie sempre estar armada, a pistola escondida sob suas camisas largas.

— Chegamos. — ela disse, puxando o freio de mão e desligando o motor.

Antes que eu pudesse tirar o cinto, Billie já havia saído do carro e contornado para abrir a porta para mim.

— Obrigada.

— Não agradece. Só trato você como merece.

Ri, e ela pegou minha mão, guiando-me para o restaurante. Era um lugar chique, bem diferente dos que costumávamos frequentar. Assim que entramos, avistamos Finneas e Claudia em uma mesa grande, já nos esperando. Eles acenaram para nós com sorrisos calorosos, e eu senti um leve alívio ao ver o ambiente descontraído.

Ao nos aproximarmos, Billie apertou levemente minha mão, se inclinando para sussurrar:

— Só relaxa e aproveita. Hoje é pra gente esquecer tudo.

Sorri para ela, me sentindo grata. Talvez, por uma noite, fosse bom tentar deixar o peso das coisas de lado.

Nos acomodamos na mesa, Billie puxando a cadeira para mim antes de se sentar ao meu lado. Finneas e Claudia já estavam em uma conversa animada quando chegamos, e parecia que a energia leve deles rapidamente contagiou o ambiente.

— Finalmente! Achei que vocês iam desistir de vir. — Finneas brincou, olhando para o relógio.

— A culpa foi minha. — Billie respondeu, erguendo as mãos em defesa. — Demorei um pouco para convencê-la a sair de casa.

— Claro. — revirei os olhos, brincando. — Como se você não tivesse ficado me atrasando com aquelas suas declarações exageradas.

Claudia riu, ajeitando o guardanapo no colo.