Um Brilho Por Trás do Bullying 2 - Billie Eilish & S/N

Capítulo 30: Final

Pov: Billie Eilish

Entro no quarto da bebê em silêncio, sentindo o cheiro suave do quartinho que preparamos com tanto carinho. A luz do abajur é fraca, mas suficiente para destacar a cena que faz meu coração acelerar: s/n está na poltrona de amamentação, com nossa filha aninhada em seus braços.

Ela está tão concentrada, tão imersa nesse momento, que não percebe minha presença. A bebê suga devagar, emitindo aqueles sons suaves que só recém-nascidos fazem. s/n murmura algo baixinho, talvez uma melodia ou uma conversa com ela, e um sorriso repousa em seu rosto, mesmo com o cansaço evidente.

Fico na porta, sem coragem de interromper. Meu peito se enche de uma mistura de amor, gratidão e, sinceramente, admiração. Essa mulher, essa força que é s/n, trouxe nossa filha ao mundo e está aqui, com uma serenidade que eu nem sabia ser possível.

Por um momento, me apoio no batente da porta, cruzo os braços e apenas observo. Minha mente viaja para todos os dias que nos trouxeram até aqui - o medo, as lutas, a perda, e depois, a esperança, o renascimento. Tudo isso culminou nesse instante, nesse quarto, com as duas pessoas que agora significam absolutamente tudo para mim.

Finalmente, s/n levanta os olhos e me vê. Ela sorri, um sorriso pequeno, mas cheio de amor, e faz um gesto com a cabeça, como se me convidasse a entrar.

- Você tá aí há muito tempo? - ela pergunta, num sussurro para não acordar nossa pequena.

- Tempo o suficiente pra me apaixonar por essa cena umas dez vezes - respondo, caminhando até ela.

Ajoelho-me ao lado da poltrona, observando de perto a bebê que agora dorme tranquila nos braços de s/n. Ela é perfeita, como um pequeno pedaço de nós duas que agora vive fora de nós.

- Ela tem seu nariz - digo, com um sorriso que mal consigo conter.

- E sua teimosia - s/n responde, rindo baixinho.

Ficamos ali, em silêncio por um tempo, compartilhando esse momento de paz. Eu deslizo minha mão para o rosto de s/n, afastando uma mecha de cabelo.

- Vocês duas são tudo pra mim.

Ela sorri de novo, aquele sorriso que ilumina o mundo inteiro, e sussurra:

- E você é tudo pra gente.

No fundo, ouço o som suave da música de ninar que deixamos tocando no quarto. Naquele instante, o mundo poderia parar, e eu estaria exatamente onde sempre quis estar: ao lado delas.

***

Uma semana depois, estava sentada no sofá da sala, com meu celular na mão, pronta para ligar para Finneas. Ele havia mandado mensagens todos os dias desde o nascimento da nossa filha, implorando por mais fotos e vídeos dela. Hoje, eu finalmente cedi.

Assim que a chamada conecta, o rosto animado de Finneas aparece na tela. Ele está sentado no estúdio, cercado por equipamentos, mas seu foco está totalmente em mim.

- Finalmente! Achei que nunca mais ia ver vocês! - ele diz, com aquele tom exagerado que só ele tem.

- Você sabe que estamos ocupadas com... uma recém-nascida? - brinco, ajustando o celular para que ele veja mais do ambiente. - Além disso, você recebeu o dobro de fotos que qualquer outra pessoa.

- Fotos não são o suficiente! Eu preciso ver minha sobrinha em tempo real.

Reviro os olhos, mas estou sorrindo. Ajusto a câmera novamente para mostrar nossa filha, que está deitada no moisés ao meu lado. Ela está acordada, com os olhos bem abertos e fazendo aquelas caretas adoráveis que só bebês conseguem fazer.