Irmãos Lee❓❔

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📖Lee Brothers....📖

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A lembrança era uma sombra constante na mente de Minho, um fardo que ele carregava em silêncio. Naquela época, ele era apenas um garoto de 13 anos, mas a responsabilidade que caiu sobre seus ombros o obrigou a crescer rápido demais. A dor da perda dos pais ainda era recente, e ele entendia, mesmo tão jovem, que agora era o único que Felix tinha no mundo.

Felix, com apenas quatro anos, mal compreendia o que estava acontecendo. Seus olhinhos brilhavam com inocência, e ele frequentemente perguntava onde os pais estavam, incapaz de entender que nunca mais os veria. Minho fazia o possível para manter o irmão tranquilo, mas sabia que seria uma batalha constante. Ele era um menino que ainda tentava se firmar no mundo, mas agora precisava ser o pilar para o pequeno Felix, que se agarrava a ele como a única segurança que conhecia.

A casa em que viviam parecia grande demais, vazia demais. O silêncio era esmagador, e Minho começava a sentir o peso da solidão. Ele não sabia se tinham parentes em Gyeonggi ou em qualquer outro lugar — naquele momento, parecia que o mundo inteiro havia se tornado frio e distante.

Minho ainda se lembrava das últimas palavras de sua mãe, uma memória doce e dolorosa que ele guardava como um tesouro e um fardo ao mesmo tempo. Ela havia se abaixado até ele, acariciado seu rosto e sussurrado com uma ternura que parecia eterna:

"Cuide de seu irmão... Estaremos voltando amanhã, ok? Mamãe e o papai te amam, meu príncipe."

Na época, ele acreditou nessas palavras com a pureza de uma criança. Ele não podia imaginar que seria a última vez que os veria. Eles saíram naquela noite para cuidar de negócios, como sempre faziam, e ele permaneceu em casa, assumindo a responsabilidade de cuidar do pequeno Felix enquanto esperava pelo retorno seguro dos pais.

Mas a tragédia aconteceu de forma cruel. Dias depois, ele viu a notícia no jornal — o carro em que seus pais estavam havia capotado após uma série de tiros atingir o veículo. Ele releu aquelas palavras várias vezes, o coração apertado e a mente tentando recusar a verdade. Era um tipo de dor que ele não sabia como processar, uma que o forçaria a crescer rápido demais. Desde então, aquelas últimas palavras de sua mãe ecoavam dentro dele como uma promessa que ele não podia quebrar: cuidar de Felix e protegê-lo, custasse o que custasse.

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Minho sentou-se imóvel, os olhos fixos na tela da televisão enquanto a notícia era repetida. O repórter narrava os detalhes do acidente — um carro capotado, perfurado por tiros. A descrição trazia uma frieza impossível, cada palavra ecoando como um golpe direto no peito.

As lágrimas vieram sem controle, escorrendo pelo seu rosto enquanto ele tentava processar o que significava aquilo. Aquelas últimas palavras de sua mãe, "Cuide de seu irmão... Mamãe e o papai te amam", giravam em sua mente, quase como um fantasma, trazendo uma mistura de conforto e de dor.

Ele apertou os punhos, a tristeza se mesclando com uma raiva silenciosa, uma frustração amarga por ter sido deixado tão cedo. Felix, ainda pequeno e inocente, dormia no quarto ao lado, alheio ao que estava acontecendo. Minho sabia que ele acordaria sem entender a nova realidade que os esperava.

Com um suspiro trêmulo, Minho ergueu a cabeça, as lágrimas continuando a cair, mas com uma decisão silenciosa começando a se formar dentro dele: ele cuidaria de Felix, e ele faria o possível para que seu irmão nunca sentisse a dor que agora consumia seu próprio coração.

Minho passou a noite inteira sentado na beira da cama, o olhar fixo em algum ponto no escuro do quarto. Ele mal piscava, os pensamentos girando em um turbilhão incontrolável. Sentia-se perdido, esmagado pelo peso da responsabilidade e pela dor da perda, sem saber o que fazer ou para onde ir.

A Marca do Amor Proibido-MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora