capítulo 46

10 3 0
                                    

Sem que ela percebesse, a Dra. Cantriz, que também estava no Fórum e logo que soube que o Dr. Kalei também estava no mesmo local, ligou para o escritório ordenando a Laura que desse um jeito de mandar Aretha para o Fórum. A intenção da Dra. Cantriz, era que Aretha se encontrasse com o Dr. Kalei. Pois ela estava ciente que os dois estavam distantes um do outro, ao ver a cena entre os dois, e a partida tão rápida de Kalei sem sequer se dirigir a Aretha com delicadeza, Cantriz não gostou nadinha do que tinha visto, em frustração, torceu os lábios para o lado, ficando pensativa, logo depois, seguiu para um lugar onde Aretha não a visse, pegou seu celular e ligou imediatamente para o Dr. Pucci o informando do que tinha acabado de presenciar. 

Do outro lado da linha quando ouviu o relato de Cantriz, o Dr. Pucci, claro não gostou, pois desde que ficou sabendo que o filho esteve no apartamento de Aretha por Cantriz, já que o filho sequer o comunicou que esteve, lá, foi como se ele não quisesse que o pai soubesse que ele estava interessado em Aretha devido que ele nunca tinha ido a procura de uma mulher antes. 
— Então, Dr. O que vamos fazer se esses dois são mais cabeça dura do que imaginamos? — perguntou Ellie Cantriz desanimada. 
— Não sei Dra. Cantriz, Kalei sequer me falou que esteve com Aretha e o menino, algo aconteceu naquele jantar a qual o magoou muito. Eu conheço meu filho, e posso lhe garantir que ele não é de procurar quem não o quer por perto, e pelo que estou vendo Aretha é do mesmo jeito! Então, como vamos unir duas pessoas com gênios tão fortes como eles?  — falou descontente. 
— O amor, Dr. O amor que sempre fala mais alto, eu vi nos olhos de Aretha o quanto ela ficou mexida com o jeito que seu filho a tratou agorinha pouco, e posso lhe garantir que tem chama ali naquele coração, ela não quer aceitar, mas ela sente algo por ele, sim, e se ele investir só mais um pouquinho ganhara o coração dela, por isso o senhor vai ligar para ela e a convidar para um jantar em sua casa, com a desculpa de que quer saber como ela está se saindo no novo escritório, e durante o jantar, finge que recebeu uma ligação, e os deixará a sós por um momento, vamos deixar tudo acontecer naturalmente, se eu conheço um pouco das coisas do coração, sei que os dois pombinhos, vão se conectar. Entendeu, Dr. Pucci? Sabemos que devemos deixar o destino seguir conforme, mas quem disse que não devemos dar um empurrãozinho. Então, ficarei aguardando os resultados deste convite, até, Dr. — disse encerrando a ligação e voltando a olhar na direção em que Aretha seguiu sem sequer almenos perceber que estava sendo observada. 

A Dra. Cantriz, tinha mesmo razão, já que naquele dia, Aretha não parou sequer um segundo de pensar em Kalei e do jeito frio que ele a tratou.

 À noite, logo depois que chegou em casa, ela estava dando atenção ao seu pequeno Allary, quando seu telefone tocou, se surpreendeu ao ver que era o Dr. Pucci lhe ligando, achou que havia acontecido algo sério, pois ele nunca a ligará por coisas banais, atendeu imediatamente.
— Boa noite, Dr! — cumprimentou, mostrando-se surpresa. 
— Boa noite, Dra. Thomsen, e uma honra lhe chamar assim, estou muito feliz por você estar alcançando seus objetivos, e por isso liguei para convidá-la para um jantar, mas pode ficar tranquila, que sabendo da sua agenda cheia, a senhorita não vai precisar viajar até Anhanguera, eu resolvi passar uns dias na minha casa em Jaguara, ela estava muito abandonada, estarei chegando amanhã cedo, e pretendo ficar um longo período nessa cidade a qual não vou a muito tempo, espero contar com sua presença no meu primeiro jantar em minha casa, e não aceito, recusa, então a espero amanhã as 19 horas para jantarmos. 

Ao ouvir o convite com determinação, e sem ter como recusar, Aretha não teve outra opção a não ser aceitar.
   — Certo, Dr. Estou lisonjeada com o convite, estarei sim, com o senhor nesse  jantar! Pode me passar o endereço e a localização!... 
— N-não, minha querida, meu motorista irá lhe buscar! Não se preocupe.

Mais uma vez, Aretha não teve como argumentar devido ao que lhe foi imposto.
— Se é assim, estarei aguardando-o prontamente! —  concordou antes de encerrar. Por uns minutos Aretha ficou paralisada imaginando que se ela fosse aquele jantar poderia encontrar o Dr. Kalei, e ao pensar naquela possibilidade, seu coração acelerou, ela levou a mão ao peito apertando o tecido da blusa que usava. 
   — Mamãe, você não vem jantar? — a voz de Allary a tirou de seu transe. 
— S-sim meu amor, a mamãe só vai lavar as mãos! —  afirmou disfarçando sua tensão.  Logo ela estava de volta a sala sentando-se na ponta da mesa correspondendo o olhar sorridente do filho que durante dias mal pode jantar com a mãe que chegava tarde todas as noites, mas que naquela noite como ela tinha ido ao Fórum e não voltou para o escritório pode chegar mais cedo, e jantar com seu pequeno. Depois do jantar Aretha acompanhou o filho até o quarto e não saiu enquanto teve a certeza que ele tinha adormecido, depois que ela leu quase que um livro inteirinho de história, naquela noite, Allary relutou muito para dormir, pois ele queria aproveitar o máximo que pudesse ao lado da mãe, ele não se queixava de mal vê-la, pois sabia que ela precisava trabalhar, mas ele sentia muita a falta dela, e quando podiam ficarem juntos, ele queria muito que o tempo passasse bem devagar, assim era também com Aretha que se culpava por não poder ter mais tempo para o filho. 

Logo que chegou em seu quarto, Aretha seguiu para o banheiro para tomar banho, mas sua mente mais uma vez se direcionou, ao homem que ocupou parte do seu dia, ela não queria, mas estava lá Kalei em sua cabeça novamente, a imagem do olhar dele em encontro com o dela, a fez estremecer. 

“O que está acontecendo comigo? Eu não estou me reconhecendo!” — resmungou.  

Na noite do dia seguinte, Aretha tinha saído do escritório mais cedo para passar em casa e se trocar, ela vestiu um simples vestido preto de gola alta, e até os joelhos, fez um coque no alto da cabeça, uma maquiagem leve, colocou um par de lindos brincos, separou uma pequena bolsa de mão na cor nude que combinava com seus sapatos, e seguiu para a sala para esperar o motorista do Dr. Pucci.
— Mamãe você está linda! —  elogiou Allary ao ver a mãe chegando à sala.         
— Mamãe, por que eu não posso ir a esse jantar também? — perguntou olhando-a com olhinhos tristes. 
— Filho, a mamãe já lhe explicou, que esse jantar vai acabar tarde, e você precisa ir para a cama cedo, não é rapazinho! — falou com carinho beijando as bochechas fofas do filho. 
— Tá, mamãe eu já entendi que esse jantar é só para adultos! —  disse com pesar. 
— Sim, meu amor, é isso mesmo, viu como meu filhotinho é inteligente, mas não fique triste, que tal domingo a mamãe levá-lo a um passeio?
— Obaa! — gritou animado —  você promete mamãe? —  perguntou pulando em felicidade.
— Sim, meu querido! Quando foi que a sua mamãe aqui não cumpriu um prometido a você, hum?  —  disse sorrindo. 

A empregada adentrou na sala.
— Senhora, o porteiro mandou avisar-lhe que o carro chegou! 
— Obrigada! Filho, a mamãe tem que ir, então rapazinho logo depois do jantar, vai para seu quarto e se comporta ouvindo? — falou abraçando Allary que acenava com a cabeça em obediência. De pé próximo a porta ele olhava a mãe sair com elegância. 

A ÓRFÃ GRÁVIDA REJEITADA                                             Onde histórias criam vida. Descubra agora