capítulo 25

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Logo que entrou na sala do advogado, Aretha sentou onde ele a indicou e depois dos cumprimentos, ele a perguntou:
— Então, senhorita Thomsen, o que lhe traz aqui? — perguntou observando-a e percebendo a quanto ela estava tensa. 
— Dr. Pucci, eu estou com uma questão que preciso muito de seu conselho e se possível da sua ajuda também, pois temo não saber lidar sozinha com o que estou prestes a me deparar. —  declarou apreensiva. 
— Certo, então, conte-me o que está lhe afligindo tanto! —  pediu olhando-a atentamente. 

Cerca de meia hora depois, Aretha saiu do escritório do Dr. Pucci, ela seguiu diretamente para o campus, já que apesar de sua vida ter dado uma guinada para o lado bom, e mesmo naquele momento que estava propício a lhe tirar a paz que vinha tendo desde que havia chegado naquela cidade, ela não podia deixar a peteca cair de jeito nenhum, sua meta tinha que ser concluída custasse o que custasse.  As horas passaram, ao término das aulas a qual ela mal prestou atenção de tanto que sua mente distraia-se teimando pensar no que tinha acontecido tanto com o avô de seu filho ter aparecido de surpresa e com certeza ter os visto no salão, como também não parava de pensar na conversa e no aconselhamento que o Dr. Pucci lhe deu, Aretha, seguia para a saída cabisbaixa quando chegou no portão, ouviu alguém chamando-a, ao olhar na direção se depararam com o Dr. Pucci de pé ao lado de seu carro próximo ao portão do campus. O senhor de 60 anos a qual era bem conservado, seus cabelos grisalhos o deixava ainda mais charmoso, todos às jovens o olhou e logo uma delas perguntou a Aretha:
 — É seu pai? Nosso ele é bonitão! —  disse uma jovem caminhando ao lado de Aretha que não respondeu a moça, pois achou que se falasse que não era seu pai, todas pensariam que era um caso, então, preferiu calar-se, depois de se despedir das demais moças, caminhou na direção do luxuoso veículo. 
Ao se aproximar viu que o Dr. Pucci, não estava sozinho, a secretária dele estava sentada no banco do carona, o que deixou Aretha mais tranquila, ela não queria ser vista com ele a sós. 
— Oi, Dr. O que aconteceu?... 
— O que aconteceu? Seu celular desligado! —  disse o homem abrindo a porta traseira para ela. 
— Entre! —  ordenou calmamente.
— Sim, nas aulas, não é permitido aparelhos ligados! —  respondeu torcendo os lábios.  
—  Senhorita Thomsen, eu descobri que o Dr. Conan, ainda está na cidade, pelo que me informaram, ele passou mal na tarde de ontem logo que saiu do salão, e caiu na rua…
— Meu Deus! Como ele está? —  interrompeu, perguntando temerosa. 
— Calma, ele está bem! Mas continua internado, parece que a pressão dele está assimilando, e por isso estão mantendo-o internado contragosto e claro, já, que parece que ele já brigou com quase todos os médicos para que liberassem ou  transferissem-o para sua cidade, o que ainda não fizeram, para o nosso bem, assim não vamos precisar irmos até Anhanguera procurá-lo como você desejava. 
— O que?! O senhor está me dizendo que vamos até o hospital vê-lo nesse estado? — indagou perplexa. 
— Sim! Essa é uma boa oportunidade, além dele está aqui, também já está hospitalizado caso o que a senhorita tenha para falar seja demais para ele ouvir e venha passar mal novamente. —  disse o homem se acomodando no banco do motorista e ligando o carro que logo saiu em seguida pegando a estrada rumo ao hospital. 

Minutos depois no hospital

Já no corredor, a alguns passos do quarto onde o Dr. Conan estava, Aretha parou, olhou para o advogado e a senhora Milla, a secretária dele que os acompanhava a todo tempo em silêncio, a sensação que Aretha tinha, era que o Dr. Pucci teve a mesma preocupação que ela, ele parecia também não querer que ninguém interpretasse mal aos verem a sós, já que a secretaria parecia está ali contragosto, visto que o tempo todo ela manteve-se calada, e mal olhava para ambos, só seguia ao lado do chefe carregando sua pasta de couro legítimo na cor marrom, a mulher como em todas as vezes que a viu, estava muito bem vestida com uma saia office social tubinho, cor bege com uma discreta fenda na frente da perna direita na altura dos joelhos, uma blusa de manga  até o cotovelos. Ela era uma mulher alta magra e muito elegante, seus cabelos eram pretos, longos, porém estavam presos em um coque no alto da cabeça, ela usava óculos feminino, que parecia que o grau não era tão forte, já que a lente era fina, a armação também era de aro fino na cor prata, destacando seus lindos olhos verdes, ela parecia ter uns 35, 37 anos a pele clarinha e bem cuidada.
— É esse o quarto que o Dr. Conan está! —  falou uma enfermeira que os acompanharam desde que pediram informação ao bando dos enfermeiros. 
— Obrigada!  — agradeceu a senhora Milla, falando pela primeira vez desde que cumprimentou Aretha no momento que entrou no veículo no portão do campus.  
— Certo! —  assentiu o Dr. Pucci parando na frente da porta.
— Senorita Thomsen, acho melhor eu entrar, assim, poderei analisar a situação dele, e conforme for, o prepararei para recebê-la.

Olhando-o, Aretha concordou com leve aceno de cabeça, e assim, depois de bater na porta, o Dr. Pucci abriu e entrou sendo acompanhado da senhora Milla e da enfermeira.

Aretha ficou sozinha no corredor, depois de olhar para os lados e certificar-se de que realmente estava só, começou a conversar com Deus pedindo que ele a ajudasse, que lhe desse sabedoria para agir com o Dr. Conan sem o deixar ainda mais doente, que a ajudasse com as palavras certas. E antecipadamente a perdoasse, pois ao seu ver, era preciso que ela fizesse o que estava prestes a fazer. 

Entrevias ela não queria de mudo algum enfurecer o avô de seu filho, e que o fizesse entender seu lado. 

 Aretha estava completamente envolvida em suas preces, que não percebeu o tempo passar, e nem tão pouco a senhora Milla sair do quarto e se aproximar dela, Aretha só se deu conta quando sentiu a mão tocar seu ombro. 
— Senorita Thomsen! — chamou a senhora Milla.
— Desculpe-me! —  disse, percebendo que Aretha deu um salto ao ser tocada. 
— A senhorita estava tão distraída que não me ouviu, chamá-la. — explicou-se. 
— T-Tudo, bem! Eu realmente estava distraída, mas me fale como ele está?
— Senhorita, ele está bem, o Dr. Pucci pediu para que entre. — falou a senhora Milla fazendo sinal com a mão na direção da porta do quarto que havia saído segundos atrás.       

         

A ÓRFÃ GRÁVIDA REJEITADA                                             Onde histórias criam vida. Descubra agora