Já era madrugada, o Dr. Pucci não conseguia dormir, ele não sabia se ficava deitado ou sentado em sua cama, sua cabeça estava doendo com tudo que ouviu, estava perplexo com tudo que Ellie havia revelado. Era uma verdadeira bomba que poderia explodir a qualquer momento, ele que sempre achou que Aretha não tinha mais ninguém em sua vida, acabou de descobrir uma pessoa ainda mais forte e competente tal como.
— Que genética forte as mulheres dessa família tem? — perguntou-se.
— Além de lindas e inteligentes, são decididas e seguras de si. — comentou em voz baixa.ఌఌఌ
O dia amanheceu.
Aretha chegou ao prédio que tinha a entrevista marcada no último andar daquele alto prédio. Passou pela porta giratória, e caminhou em passos firmes direto para a recepção.
— Bom dia, sou Aretha Thomsen, tenho uma entrevista! — comunicou abrindo sua pequena cara e linda bolsa de mão, enquanto se direcionava a jovem recepcionista, logo descansou a mão segurando uma identificação sobre o balcão à frente da moça, visto que sabia os procedimentos de lugares como aquele, ela se antecipou em pegar sua identidade.
— Bom dia senhora — cumprimentou a moça digitando o nome que acabara de ouvir com agilidade no teclado, depois de verificar a identificação que havia pego da mão da recém chegada e confirmado com a imagem que estava na tela a sua frente, esticou o braço em direção a Aretha.
— Senhora o local da entrevista fica no décimo terceiro andar! — anunciou entregando o documento de volta junto a uma credencial.
— Obrigada — agradeceu Aretha com delicadeza.Aretha seguiu para o hall dos elevadores. Entrou, apertou o botão desejado, quando as portas estavam fechando-se ambas partes foram interrompidas por uma grande mão posicionada, fazendo as partes cessaram o fechamento.
— Desculpe-me — falou o homem adentrando apressado. Aretha não o respondeu somente acenou com um leve aceno de cabeça, o homem era Arnaldo que estava indo para o mesmo andar. Discretamente, ele olhou da cabeça aos pés aquela mulher a qual a muitos anos já conhecia muito bem. O elevador chegou no destino, Arnaldo deu passagem para a dama sair primeiro, sem lhe dar muita importância, Aretha que segurava o celular em mãos verificando o número da sala onde tinha que ir, passou por ele e seguiu seu caminho. Olhando-a de canto, Arnaldo seguiu para o lado oposto indo em direção ao escritório de Ellie. Ele queria ser o primeiro a lhe dizer que Aretha estava no prédio, e que tinham subido no mesmo elevador. O que com um largo sorriso foi o que ele fez assim que adentrou depois de bater com o nó do dedo na porta, e sem ao menos esperar a permissão para entrar, entrou já dizendo:
— Ellie, ela está aqui! Você tem certeza do que vai fazer, eu subi no mesmo elevador, e pude ver de pertinho o quanto vocês têm semelhanças, Ellie…
— Para Arnaldo, já te falei, eu não estou mais me importando com isso, e agora que o Dr. Pucci está me apoiando nisso, eu estou mais confiante do que quero, chega de me esconder, não vai ser hoje, mas o dia de revelar a ela quem eu sou, está chegando, isso se ela, sendo tão esperta como já mostrou ser, não descobrir sozinha, que é o risco que corro, mas mesmo assim não importa, eu seguirei com meu plano, e tenho certeza que mais cedo do que o previsto verei com meus próprios olhos, aqueles dois Conan, destruídos. Um com o coração perdido de vez, e o outro na prisão, pagando por tudo que fez.
— Bom, você que sabe, eu estou indo para o estacionamento, ficarei no carro, se precisar de algo é só me ligar. — disse virando e seguindo com pesar tanto nos olhos como no coração, para a porta, deixando Ellie pensativa. Ela, mostrava-se confiante, mas no fundo estava tremendo que Aretha a reconhecesse e não aceitasse trabalhar ao seu lado, e pior, que não a aceitasse e não quisesse lhe ver e nem falar com ela, o que seria seu fim na vida pessoal como, em sua vingança contra os Conan, ela não saberia viver sem ter tanto Aretha como o pequeno Allary ao seu lado como uma família como há anos vinha desejando tanto.Enquanto isso, logo que encontrou a sala, Aretha foi recebida por uma adorável moça.
— Bom dia, em que posso lhe ajudar? perguntou a jovem levantando-se de trás de uma mesa na ante sala.
— Bom dia, estou aqui para a entrevista, com a Dra. Ellie Cantriz.
— Ah, sim, senhorita Thomsen, certo? — perguntou confirmando.
— A senhorita está sendo aguardada, me acompanhe por favor. — disse a jovem caminhando em direção a um corredor.Segundos depois, as duas estavam a frente a uma porta, onde a jovem bateu e abriu a porta entrando:
— Senhora, a senhorita Thomsen está aqui! — anunciou a moça dando passagem para que Aretha entrasse na sala. Aretha entrou e se deparou com uma mulher que aparentava ser um pouco mais velha que ela, ela se surpreendeu, pois tinha criado uma outra imagem em sua cabeça achando que a senhora Ellie Cantriz fosse bem mais velha que ela.
— Bom dia, senhora! — cumprimentou caminhando lentamente em direção a mulher.
— Bom dia, senhorita Thomsen, sou Laura Bismarque uma das assistente desse andar! — cumprimentou a mulher esticando e apertando a mão de Aretha.
— Seja bem vinda, sente-se — disse conduzindo Aretha, as poltronas e o sofá próximo, depois de acomodar-se, olhando atentamente para Aretha, Laura pronunciou-se.
— Então, senhorita Thomsen, vamos começar com a senhorita dizendo-me se tem mesmo o interesse de se juntar a nós.
— Sim! Mas…
— Mas?... — perguntou Laura interrompendo e fitando Aretha.
— Desculpe-me, não estou desprezando a senhora…
— Senhorita, por enquanto, declarou Laura.
— Oh, desculpe-me mais uma vez por isso, senhorita Bismarque, é que eu achei que seria entrevistada pela Dra. Cantriz! Pelo menos foi o que entendi no email que recebi.
— Sim, sim, todos os emails que enviamos desse escritório, são enviados pelo nome da Dra. Cantriz, mas fique tranquila, que logo, logo, ela se juntará a nós, ela está em uma ligação, e pediu que eu fosse adiantado, mas se a senhorita preferir, podemos esperá-la.
— Não, não, por mim tudo bem! Podemos continuar. — Disse Aretha respirando mais aliviada, pois depois que o Dr. Pucci disse-lhe quem era a Dra. Cantriz, ela tinha ficado tensa em ser entrevistada pessoalmente por ela.Aretha se ajeitou na confortável poltrona ao lado do sofá onde Laura sentou-se, e quando Aretha ia responder a pergunta, que Laura havia feito, uma porta lateral foi aberta e uma mulher vestindo um terno de linho de calça bem alinhado da cor azul escuro, adentrou olhando fixamente para Aretha.
— Bom dia, desculpe por fazê-las esperarem. — disse a mulher parando próximo as duas ocupantes do ambiente, no mesmo instante Laura levantou-se pronunciando.
— Dra. Cantriz!Ao ouvir o nome, Aretha levantou em um rompante, fixando seu olhar na recém chegada, as duas ficaram olhando uma para a outra.
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A ÓRFÃ GRÁVIDA REJEITADA
ChickLitNão bastando perder os pais em um trágico acidente, quando tinha apenas 9 anos, Aretha também foi judiada pela babá que furiosa por perder o maravilhoso e bem remunerado emprego, descontava sua frustração na menina a qual deveria cuidar e proteger...