capítulo 39

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A noite chegou. 

Aretha adentrou no aeroporto de Anhanguera,    Ela caminhou em passos largos e firmes, em sua cabeça ela só pensava em poder ver o filho, era a primeira vez que tinha o deixado viajar sozinho com a babá, mas ela partiu tão rápido para chegar a tempo do funeral do amigo que não poderia ter sido diferente. Ela estava com o coração apertado mesmo sabendo que o voo tinha sido tranquilo, contudo, estava ansiosa para ver o seu menino com seus próprios olhos, pegá-lo em seus braços e mergulhar seu nariz no pescocinho do pequeno Allary e fungar seu cheirinho gostoso, o que não demorou para acontecer, visto que logo ela o avistou caminhando apressado com suas curtinhas perninhas, lá estava seu menininho lindo de mão dada com a babá, os olhinhos atentos, pois ele sabia que ela estaria o esperando como prometido antes dele embarcar.  
— Mamãe —  Aretha ouviu a vozinha que tanto ansiava em ouvir chamando-a daquele jeito tão fofo. 
— Meu amor, que saudade a mamãe estava de você! —  disse enquanto abaixava-se de braços abertos para receber o filho que corria em sua direção com um largo sorriso. 
— Mamãe, eu também estava com muita saudade de você, e por isso e só por isso, que eu vou dormir com você essa noite, tá bom! — relatou como se fosse ela que quisesse muito tê-la ao seu lado na cama. 

Ouvindo aquilo, Aretha soltou uma gargalhada, pois já conhecia as artimanhas do filho, sempre que ele queria dormir com ela, arrumava um jeito de fazer com fosse ela que precisasse de sua companhia. Depois de distribuir muitos beijos pelo rosto e pescoço do filho, de mãos dadas, Aretha seguiu para fora do aeroporto, seguida pelos seguranças e pela babá. 

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Enquanto isso em Jaguara.      

Ellie, o Dr. Pucci não concordou em se encontrar pessoalmente com você, ele disse que ao invés de se locomover até lá uma hora dessa, por que não conversarem em uma chamada de vídeo. Se você concordar, ele pode lhe atender agora mesmo! —  disse Arnaldo adentrando na sala de Ellie.
— Certo, então, pode ser assim, mas vamos fazer isso do carro, porque eu já terminei aqui e já podemos irmos embora, estou exausta e quero descansar para amanhã está bem disposta para ficar frente a frente com Aretha. —  falou levantando e pegando seus pertences de cima da mesa. 

Os dois saíram da sala e seguiram para o elevador. 
— Arnaldo, o menino já desembarcou?
— Sim, segundo o nosso pessoal que os seguem o tempo todo, informou que tudo transcorreu bem, Aretha estava no aeroporto esperando pelo filho, como já sabíamos que estaria, ela o ama muito, apesar do pai ter sido um canalha, o amor dela pelo filho, e incodisonal… 
— Claro que é, Arnaldo, como você achava que seria? Uma mãe de verdade não transfere o ódio do pai para o filho!...
— Não é bem assim com muitas, não é minha querida? Eu conheço muitas mulheres que são incapazes de amar um filho por terem sido rejeitadas pelo pai da criança. 
—  Meu querido, é por isso que eu falei, uma mãe de verdade! Entendeu?
— Sim, agora entendi. —  concordou coçando a nuca.  

Assim que entraram e se acomodaram no veículo, Ellie, pediu que Arnaldo fizesse a ligação para o Dr. Pucci, o que o homem sentado no banco do motorista fez de imediato. Logo a chamada foi atendida.

       “Olá, Dr. Pucci a quanto tempo! Como o senhor está passando?” — cumprimentou Ellie logo que viu o rosto do Dr. Na tela do seu tablet preso no suporte do banco traseiro. 
— Oi, Dra. Cantriz, é um prazer falar novamente com a senhorita, eu estou bem, obrigada por perguntar! Me desculpe, senhorita Cantriz, tire-me minha curiosidade, e me fale, a que devo a senhorita querer entrar em contato comigo depois de tantos anos sem nos falarmos. 
— Pedir desculpas por está tirando a sua protegida do seu escritório, claro que o senhor sabe que estou falando da senhorita Thomsen, então, decidi me antecipar, para desculpar-me, e também deixá-lo apar de quem eu sou de Aretha, Dr. Pucci, sei dos seus planos para ela, e de antemão, lhe digo que concordo plenamente com o senhor, eu mais do que ninguém quero vê-la bem longe dos Conan! E esse é o motivo desse contato, eu quero dizer-lhe que me unirei ao senhor, e farei o que for preciso para uni-la ao seu filho, mas com um porém, que espero que ele cumpra, não quero que ele nunca a magoe, e não a faça sofrer, nem ela e nem o menino Allary, assim não teremos nenhum problema! Depois que eu lhe disser quem eu sou na vida dos dois, o senhor irá entender o porquê da minha preocupação com ambos. —  falou séria e mostrando que não estava para brincadeira. 

Do outro lado da tela, o Dr. Se ajeitou na cadeira que sentava, esperando o que vinha pela frente, ele, mas que ninguém conhecia toda trajetória daquela mulher que ao longo do caminho se tornou uma maravilhosa Advogada, é uma excelente Promotora, ela tinha mudado drasticamente tornando-se impiedosa, mas em sua posição, era preciso ou teria sido esmagada por muitos que desejava muito seu cargo.   

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De volta à cidade de Anhanguera.   

Aretha  chegou ao  restaurante da senhora Dulce que pulou de felicidade ao ver o pequeno Allary tão grande e bonito.
— Meu querido, como você cresceu desde a última vez que tivemos juntos, sua mãe tinha falado o quanto você tinha crescido, mas vendo-o assim tão pertinho, estou sem acreditar,  como você espichou, você está um lindo rapazinho. — disse abraçando Allary que com seus curtinhos bracinhos também abraçava a senhora robusta.   
— Venham, sentem-se todos, para fazerem uma refeição! —  ordenou a senhora mostrando uma mesa a todos que haviam entrado no local, como a babá e os seguranças. Em outra mesa ela, Aretha e Allary sentaram e logo começaram a colocar a conversa com o pequeno que não parava de falar animadamente sobre ter viajado de avião já que tinha sido, a primeira vez que ele voava em um, pelo menos que ele se lembrava, quando foi para Londres ele era apenas um bebê de colo. 

Já era quase vinte e uma hora quando todos saíram do restaurante, Aretha se despediu da senhora Dulce com pesar, visto que no dia seguinte iria viajar bem cedinho para Jaguara   onde teria sua entrevista marcada e depois se tudo desse certo, iria ficar no apartamento que tinha comprado pouco antes de voltar.  

A ÓRFÃ GRÁVIDA REJEITADA                                             Onde histórias criam vida. Descubra agora