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Capítulo 29 - Parquinhos & Jogos

[Sexta-feira, meio da tarde]

Jisung e Minho iam de mãos dadas até o estacionamento do colégio. O alfa balançava pra frente e para trás as mãos unidas enquanto cantarolava uma música qualquer. O Han, que antes olhava o celular, olhou pra ele e sorriu.

— Que foi? — o alfa perguntou ao reparar o sorriso divertido do menor.

— Nada, só acho que você tá de bom humor hoje — disse dando os ombros.

— É claro! Vou passar uma tarde de sexta-feira com você. Tem como ser melhor?

O ômega ouviu aquilo e sentiu o coração disparar.

— Se ficar falando essas coisas, daqui a pouco me apaixono por você — quando percebeu, já tinha dito a frase que era pra ser só na sua cabeça.

— É a intenção — respondeu o Lee, vendo o outro ficar envergonhado tanto pelo que tinha dito quanto pela resposta.

— Não acha que eles vão ficar chateados por não termos ficado pra ver o jogo? — perguntou o menor, olhando para trás, mesmo que já não desse mais para ver os amigos.

— Se ficarem, a gente resolve depois. Qualquer coisa, eu compro um sorvete pro Hyunjin. Ele é o único que ficaria chateado com uma coisa dessas — o maior disse, dando de ombros — Eu fui em todos os jogos deles e é sempre a mesma coisa: eles ganham, fazem furdunço e depois vão pra algum lugar comer. Geralmente, é uma pizzaria aqui perto. Lembro que das últimas vezes que fui, eu e mais uns caras do time convencemos o treinador a beber e daí conforme ele ia ficando bêbado, pedia cada vez mais soju e não percebia que na verdade as bebidas eram pra gente, não pra ele.

— Você não tem nem vergonha de dizer isso, né? — perguntou o outro, vendo o sorriso do outro.

— Ah, não sei nem o porquê os comércios não vendem pra menores. A gente já toma mesmo! Eles só não veem, mas sabem, com certeza — disse, vendo a cara desacreditada do outro — Não estou dizendo pra vender soju pra uma criança, mas dos 16 anos em diante a maioria dos adolescentes já bebem.

— Eu não — o outro disse, simples — Nunca gostei de beber.

— Por quê? Não gosta do gosto delas?

— Não é nem por isso, tem umas que são bem boas. É mais porque fico bêbado fácil e fico fora de mim — o mais velho tinha um olhar de curiosidade em si — Não gosto de perder o controle de mim mesmo.

— Hm... — o outro disse, já sorrindo malicioso pra ele — Como será que você fica na cama quando está fora de si?

— Eu durmo — olhou feio pro outro, que fez uma cara de decepção — Eu bebo, fico fora de mim, faço o que não devia e depois apago na primeira chance que tiver de deitar, nem que seja no chão.

— Aí não tem graça — o outro resmungou, levando um tapa no braço.

Chegando ao estacionamento, foram direto para BMW branca, que foi destrancada pelo mais velho. Ele abriu a porta para Jisung e, depois que ele entrou, a fechou, indo pro outro lado, o do motorista.

— Então, pracinha né? — perguntou o maior ao ligar o carro.

— É, a não ser que queira ir em outro lugar — o mais novo disse, olhando pro outro, que parou pra pensar um pouco.