Martírio

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Orfanato cristão Maria da Graça.
São Paulo, Brasil .
06/06/2002

No final da tarde daquele dia, aproximadamente às dezessete horas e cinco minutos, uma visita inesperada chega no portão do religioso e severo  orfanato Maria da Graça .
Tal pessoa se dirigiu ao enorme portão daqule lugar, e quando  avistou uma freira que estava caminhando pelo gramado, foi logo a chamando e fazendo a seguinte pergunta.

-Olá, eu poderia falar com a irmã Adélia ?

- Quem é você ?
Dizia a freira com os olhos arregalados para o homem de cabelos grisalhos e rosto jovem que estava de pé atrás do portão.

-Eu sou um amigo da irmã Adélia, eu poderia falar com ela por gentileza ? É um assunto muito urgente ! .

-Oh sim, se é um assunto urgente, entre por favor .

-Obrigado !

O homem alto e educado, passa pelo enorme portão cinzento e entra no orfanato deixando a marca de seus pés no gramado verde e aparado do lugar .
Ele entra no prédio do orfanato e inicia uma conversa com a irmã Adélia que estava  em seu escritório.

-Boa tarde madre Adélia.
-Vim para ver a menina, e para trazer algumas coisas para ela .

Você por aqui ?!
Aconteceu alguma coisa ?

Digamos que não!
Mas algo disse para que eu viesse aqui hoje, então aproveitei para trazer algumas coisas para ela .

Oh, sim por favor sente-se .

Obrigado. Mas, me diga como a menina está?

-Olha, foi ótimo que você veio .
-Esses dias ela se encontra muito agitada, estranhei pois ela sempre foi quieta, no seu canto, tenho medo de que ela se exalte demais e algo estranho aconteça, você sabe o que eu quero dizer, e acabe machucando alguém.
Ah, e ela andou chamando pelo seu nome, e também quase não dorme à noite !.

-Espera ? Chamando pelo meu nome ? Como assim ? Ela se lembra de mim assim tão pequena ? Eu venho aqui apenas uma ou duas vezes por ano !!!

-Sim, ela se lembra. Quando a pessoa é importante para gente, não importa quantas vezes ela venha nos ver, a gente nunca esquece .
-Ela o ama, e sempre pergunta por você!

-Lamento que ela me ame, não sou digno disso !
-Eu também não devo me apegar a ela e nem ela a mim !

-Esqueci de falar, mas um casal, veio aqui para adotar uma criança e gostaram muito dela, então eu menti para eles e disse que não podiam adotá-la, porque ela já estava em adoção e....

Enquanto a madre falava, aquele  rapaz alto e pálido que até aquele instante estava calmo, se preocupou ao fechar seus ouvidos para a voz da madre, e prestar atenção para outra coisa, algo que o deixou ainda mais pálido. Um ser estava rodeando o orfanato e não era nada humano .

-Ei... ei rapaz ?
-Está me ouvindo ?

-Desculpe madre mas não a ouvi, eu preciso saber onde a menina está agora, neste exato momento !
-Acho que sei porque ela anda agitada ultimamente!

Dizia o rapaz nitidamente nervoso e preocupado !

-Mas porquê?
-Seu semblante mudou de uma hora para outra !

-Madre, me leve onde a menina está agora !!!!!!!

-Acalme- se.
Venha, venha ela está no parquinho junto com as outras crianças !

Rapidamente, a madre e o rapaz correram até o playground e perguntaram pela menina .
As freiras disseram que não haviam a visto por cerca de dez minutos.
O rapaz de cabelos grisalhos, saiu pelo orfanato em fúria a procura de Eloren Elizabeth, a menina cujo ele fora visitar .
Rapidamente ele a encontrou. Ela estava de cara para uma parede, e parecia estar falando com algo, ou alguém!
Um grito, forte e sonoro ecoou pelo orfanato, quando o rapaz avistou um ser negro com metade do seu corpo ectoplasmico atravessado no muro, segurando a mão esquerda da menina e a puxando para dentro do muro como se ela pudesse atravessá-lo como uma pessoa atravessa a água de uma piscina .

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