Lágrimas de Sangue

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Um mês se passou e Elóren recebera a notícia de que o câncer de Marina estava em estágio terminal. Não tinha mais jeito.
Então Bartolomeu decidiu fazer a última vontade de sua esposa, a levando para o aconchego de sua casa .
Elóren cortou um pouco de seus cabelos e fez uma peruca para Marina que ficou radiante e também orgulhosa pelo gesto nobre de sua filha, pois ela sabia o quanto Elóren prezava pelo comprimento de seus longos cabelos.

Marina teve grandes momentos felizes em seu último mês de vida .
Ela passou por turbulentas reações horríveis da doença, mas no final, morreu feliz ao lado das pessoas que amava .

No velório de Marina, todos estavam inconsoláveis, mas a pessoa que mais estava sofrendo era Elóren.
Pois a família de Bartolomeu era severa, e também muito orgulhosa, desprezavam a garota, só por ela ter sido adotada, e nem ao menos davam os pêsames a menina, mas enquanto a família de Marina, todos eram amáveis, de bom coração, feito ela .

Depois do funeral, todos foram para suas casas mas Elóren ficou no cemitério, em cima do túmulo fresco de sua mãe, chorando e lamentando .

-Eu sei o quanto dói a dor da perda.

Ela ouviu uma voz dizer. E ao olhar para trás, ela avistou um rapaz alto, de olhos azuis cabelos estranhamente brancos, e um sobretudo cor azul escuro.

-Quem é você ?
Elóren respondeu o olhando com os olhos inchados de tanto chorar .

-O meu nome é Sabaah... mas, pode me chamar Sebastian.

***

Elóren:- Prazer Sabaah... eu sou E...

Sabaah: - Elóren ! Estou certo ?

Elóren : - Sim, mas como sabe meu nome senhor Sebastian ? - Nos conhecemos de algum lugar ?- Cujo eu não estou lembrada ?

Ele queria falar, queria muito falar que sim, e contar toda a verdade de uma vez só e a levar com ele, mas não, ele não disse, Sabaah, manteve-se prudente, pois Elóren já estava perturbada e se ele dissesse toda a verdade de uma só vez, ou ela pensaria que ele era louco e daria risada na cara dele, ou ela acreditaria e quem ficaria louca seria ela .

Sabaah : - Não, eu apenas fui um amigo de sua mãe, e ela falava muito de você para mim.

Em parte ele estava dizendo a verdade, mas ele falava de Elena mas com o intuito de que Elóren pensasse que ele estava falando de Marina .

Elóren: - Ha, sim .
-Agradeço por ter vindo senhor Sebastian.

Sabaah :- Não precisa de tanta formalidade comigo senhoria Elóren.
-Você pode me chamar só de Sebastian, ou Sean, enfim, como preferir .

Elóren:- Digo o mesmo, você pode me chamar de Elóren ou Elo... enfim como desejar .
-Bom, estou indo embora agora, foi um prazer te conhecer senhor... perdão.... Foi um prazer te conhecer Sebastian.

Sabaah : - Mesmo que o momento não tenha sido oportuno, digo-lhe que o prazer foi todo meu Elóren.

Ele pegou sua mão, deu um leve beijo e sorriu para ela .
Ao tocar a mão de Elóren, Sabaah sentiu um pequena energia percorrer sobre seu corpo .
-Ele sentiu um certo frio na barriga, e um aperto no peito quando soltou a mão da moça .
Ele estranhou a sensação, mas disfarçou .

Elóren deu de costas para ele, caminhou até o portão do cemitério e foi se embora, enquanto Sabaah, ou agora como ele mesmo se denominava, "Sebastian", ficou parado no mesmo lugar apenas a olhando caminhar, até que ele a perdeu de vista .

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