Se revele

Não me toque

Acordei ao meio dia com uma dor de cabeça  terrível, estava muito mal, mal fisicamente, mentalmente, e espiritualmente.

Parecia que eu carregava um peso na alma .

Levantei e tomei um banho. Não comi absolutamente nada e voltei para minha cama novamente então adormeci como de costume.
Pois eu estava fazendo isso a dias e já tinha virado rotina para mim, eu estava ficando depressiva.

Acordei 8 horas depois e já era noite.
Levantei e fui á cozinha tomar um copo de água.
Bart estava na cozinha, sentado á pequena mesa de marmore branco tomando doses e doses de Martine .

Ele perguntou se eu havia comido algo e eu dissera que sim.
Mas ele percebera que eu estava mentindo quando meu estômago me traiu, fazendo sons estranhos, avisando que estava vazio .

Bart me deu um olhar de desaprovação e soltou sua tagarela, quase que ordenando que eu comesse.

Então comi a primeira coisa que ví na frente, um pedaço de torta de frango que aos olhos de outra pessoa pareceria suculenta, mas que para mim não teria gosto algum, pois eu estava tão amargurada, que a comida não tinha gosto, as flores não tinham perfume, o dia não tinha cor, e a vida, era um engano .

Comi apenas por obrigação, já que Bartolomeu ficou enxendo a minha paciência e eu não estava nenhum pouco a fim de discutir com ele .

Ambos estavamos tristes, infelizes.

                        ***

Um silêncio total havia tomado o lugar, pois os empregados haviam ido embora .
Então só restara os dois desafortunados, Elóren e Bartolomeu, ambos em silêncio até que Bart disse a Elóren que ela havia herdado tudo o que era de sua mãe Marina, e que não era justo, pois nem filha de sangue ela era .

Elóren chocou-se com o que ele havia dito, mas revidou.

Quem pensas que é para falar dessa forma comigo como se eu não fosse nada ?!!!

Eu fiz parte da vida dela, ela era a minha mãe e eu a amava tanto quanto ela me amava .
Eu sempre soube que você não gostava de mim Bartolomeu, e você soube disfarçar isso para minha mãe muito bem durante todos esses anos.

-Cale a boca menina !.

-NÃO ! - EU NÃO CALO !
E MAIS UMA COISA, EU NÃO QUERO O DINHEIRO, E NEM QUAISQUER BENS MATERIAIS QUE MINHA MÃE ME DEIXOU, PORQUE A ÚNICA COISA QUE ME IMPORTAVA, ERA ELA, E EU DARIA QUALQUER COISA PARA QUE ELA ESTIVESSE AQUI COMIGO.
EU NÃO SOU VOCÊ, QUE SÓ PENSA EM DINHEIRO E PODER !

-Você não sabe o que está dizendo sua insolente...

-PENSAS QUE ME ENGANA? EU SEI QUE QUERES FICAR COM TODA A HERANÇA DE MINHA MÃE!
-POIS BEM ! -PEGUE-A PARA VOCÊ, SEU ESTÚPIDO GANANCIOSO DE UMA FI......

(Paft)

Bartolomeu deu um tapa na cara de Elóren.

-Eu te odeio, te odeio, maldito!

Elóren empurrou Bart e saiu correndo para seu quarto, deitou-se em sua cama e se pôs a chorar.

-Droga, droga, eu odeio a minha vida. -Não aguento mais, eu quero morrer.

Dez minutos se passaram e Elóren estava ainda em lágrimas, sua cabeça doía de tanto chorar, então ela tomou um remédio, remédio cujo lhe deu muito sono, então ela adormeceu .

Quando acordou, sentiu que haviam mãos acariciando seu corpo.
Ela deu um pulo da cama e olhou para o indivíduo, era Bartolomeu .

-O que está fazendo aqui?
-Está louco?