Capítulo 10

33 3 1
                                        


Capítulo 10.

Teu corpo é um lindo labirinto que eu não tenho medo de me perder.


Depois de um bom banho, deitei em minha cama e percebi que um corpo quente deitou ao meu lado, lutando contra o cansaço da gripe e da corrida, meus olhos insistiram em se fechar e ali adormeci, quando acordei estava escurecendo, ele estava tomando outro banho, no meu banheiro! Isso foi surpresa, mais surpresa fiquei, por ainda não ter ido pra cama com ele, o que significava que mantinha a minha promessa.

Despertei por completo e localizei meu telefone, disquei o numero de Marco e caiu na caixa postal, deixei um recado que estava bem e que em breve retornaria.

Então a noite prometia, não tinha muita opção que eu pudesse me vestir, pus um jeans colado, minhas botas e minha blusinha, ainda aquelas roupas da última saída com meu irmão.

Agora que havia surgido entre nós algum "clima" ele ficava mais perto de mim, quase grudando, no melhor sentido, me protegendo, demais.

Leonardo era o tipo de cara que: "quem ama cuida". Ele sempre ficava por perto, ou ao meu lado, mexendo no meu cabelo se estávamos sentados no sofá, na cozinha me puxou varias vezes para beijos castos. Desci e o esperei sentada no sofá, depois de muitos minutos ouvi passos descendo as escadas e quando nossos olhos se encontraram, sorrisos preencheram nossos rostos.

— Uau! – falei mantendo a boca aberta. — Muito gato esse meu marido de mentira. – disse enquanto ele me beijou de leve. — Hann. – falei encolhendo os ombros. — Eu... Acho melhor a gente ficar um pouco longe sabe...

— Por quê? Tá ruim fingir ser minha esposa? – pediu ele passando levemente a mão em meu rosto eu sentindo um deleite indescritível por senti-lo tão à vontade comigo.

— Não gosto de mentir. – falei.

— Adoro quando você usa trança. – disse ele trocando de assunto quando eu o olhei e aqueles olhos azuis estavam mais escuros. — Você fica linda. – como não me apaixonar mais por ele? Vestindo uma camisa negra manga longa, jeans e coturnos, com os cabelos secos e soltos daquele jeito, feitos para os meus devaneios e as minhas fantasias e, acrescentando a visão, um meio sorriso, nada revelador, mas tão enigmático e tão misterioso, ele... Ele... Ele me deixava... Quente.

— Obrigada. – disse, e percebendo onde tudo aquilo iria terminar, tratei de trocar de assunto. — Vamos? – ele me olhou como quem diz: "já?" — Você me deve uma rodada de cerveja! – eu disse mostrando todos os dentes em minha boca. — Hoje ninguém me segura! - Ele soltou um bufinho de felicidade, eu saí rumo a garagem deixando ele ali.

Passava das dezenove quando fomos até ao Restaurante e Pizzaria, ao lado da Cervejaria Bierbaum, um local rústico, porém, aconchegante e acolhedor, sentamo-nos em uma mesa e ali fomos atendidos.

— Senhor, Senhora. Sejam bem vindos. – disse o garçom. Eu sorri da mesma forma que fui retribuída por um sorriso encantador.

— Vamos querer o menu da casa. Alguma sugestão? – pediu Leonardo à ele.

— Pizzas e cervejas. Dependendo da pizza acompanha a melhor cerveja do sul do Brasil, dentre elas, algumas premiadas varias vezes.

— Pizza? – pediu Leonardo pra mim. — Calabresa?

— Na mosca! – falei fechando um olho e mandando uma piscada pra ele.

— Então. – disse Leonardo se ajeitando no banco. — Pizza de Calabresa e a cerveja ideal para acompanhar. – entregando o menu ao garçom e sorrindo pra mim fixou o olhar em mim, principalmente em minha boca desnuda de batom.

MarinaOnde histórias criam vida. Descubra agora