Nosso Elo

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Sara On

-Aaaaaai minha coluna - digo me espreguiçando e automaticamente tapando minha boca. Esqueci que Lua estava deitada ao meu lado. Abro um sorriso e dou um beijinho no canto de sua boca e olho para o celular em seguida. Ainda são nove horas. - Nossa, acordei cedo, credo.

Me levanto e vou até o banheiro para fazer minha higiene matinal.

Sigo até a cozinha para ver o que há para comer. Acho pó de café e o coloco na cafeteria. Encontro um pacote de pão de forma integral na dispensa e o coloco sobre a mesa da varanda.

Acho que passei uns dez minutos olhando a vista - Ontem não havia tido tempo de vir até aqui - O dia está ensolarado e não há uma nuvem no céu.

Abro a geladeira e pego margarina, requeijão, presunto e queijo, os coloco junto ao pão de forma e volto em seguida para pegar duas xícaras e os talheres.

Distribuo café entre as xícaras e vejo um vasinho com algumas flores - me parecerem margaridas, são lindas - Tomo a liberdade de pegá-las e colocá-las ao centro da mesa do café.

Volto para o sofá e distribuo vários beijinhos ao longo do rosto de Lua.

-Acorda amor - Beijo uma de suas pálpebras. - Tenho uma surpresa para você - Beijo sua outra pálpebra e ela abre um sorriso.

-Surpresa, é? - diz com a voz rouca e se espreguiçando.

-Sim, surpresa. Não é nada demais, mas espero que goste - digo pegando suas mãos e as puxando para que levantasse. - Anda, vem!

Lua levanta, coça os olhos entreabertos e sorri quando seu olhar encontra a mesa do café. Ela me abraça por trás, beija meu rosto e posso sentir seu sorriso enquanto apóia o rosto sob meu ombro.

-Que mesa perfeita, princesa! Eu amei - diz me empurrando na direção da mesa.

Lua puxa uma cadeira para que eu me sente. Sorrio para ela e assim o faço.

Luana On

Eu amei o café da manhã. Sara é tão perfeita, puta que paril!

Depois do café fui fazer minha higiene e coloquei a roupa que uso para fazer trilha.

Planejei levar Sara ao alto do Pão de Açúcar. Existem duas maneiras de chegar lá. Uma delas é pelo teleférico - o que não tem graça nenhuma - a outra é por uma trilha tranquila e repleta de vida animal. Quero mostrar a ela um pouco da minha personalidade através do que gosto de fazer.

Vou para a cozinha e Sara está lavando a louça de mais cedo. A abraço por trás e beijo seu pescoço. Pego o pano de prato e começo a secar a louça.

-Princesa, você trouxe alguma roupa leve que te permita fazer uma trilha? - pergunto enquanto guardo as canecas no armário.

Sara, me olha e corre os olhos dos meus pés a cabeça e sorri.

-Trouxe sim. Vamos fazer uma trilha? - o sorriso que ela abriu me derreteu completamente.

-Vamos sim. Quero te mostrar um dos meus locais favoritos. É o lugar onde eu renovo todas as minhas forças a cada semana.

-Então eu vou trocar de roupa! - diz colocando o último talher no escorredor.

Sara me deu um selinho e se virou seguindo para o quarto. Não pude deixar de reparar na bunda dela - e que bunda! - um fogo se acendeu dentro de mim e fui atrás dela abandonado a louça na pia.

Ao chegar ao quarto vejo Sara só de calcinha e sutiã. Sorrio de um jeito safado e ela ergue uma sobrancelha entendendo minhas intenções.

Coloco minhas mãos sobre sua cintura e mordisco o lóbulo de sua orelha esquerda. Posso sentir seu corpo arquear com o contato.

Passeio com uma de minhas mãos por seu corpo e então a toco em sua intimidade. Por cima da calcinha, faço movimentos circulares em seu clitóris.l enquanto mordisco e chupo seu pescoço. Sara geme e finca as unhas em meu braço. Adentro em sua calcinha e sinto sua intimidade enxarcada. Ponho dois dedos dentro dela, dou apenas duas estocadas lentas e os tiro em seguida.

O olhar de Sara para mim me fez rir.

-Por que parou?!

-Você precisa se arrumar.. - Sorrio de lado, pisco para ela e então chupo meus dedos.

-Você me paga, dona Luana! Me aguarde! - diz fazendo cara de brava enquanto me dá um soco no braço.

-Aaaai! Doeu! - digo passando a mão em cima do local enquanto ríamos.

Sara On

A trilha é super tranquila e é tudo muito perfeito - tirando o fato de a Luana ficar me assustando ao fazer barulhos de cobra ou então sumir no mato e aparecer do nada gritando - mal vejo a hora de chegar ao topo!

Estou pensando em uma maneira de me vingar dessa vaca pelo que ela fez no quarto. Ela me paga! Vai aprender a nunca mais me provocar e parar. Abro um sorriso cheio de segundas intenções.

Depois de quase duas horas finalmente chegamos ao topo. Todas as picadas de mosquito e sustos valeram à pena. O lugar é perfeito e a vista é surreal, eu nem sabia o que dizer, só sentir. Olhei para Lua e ela também me olhava.

Nos beijamos. Um beijo cheio de paixão e sentimento. Calmo e lento. Eu podia sentir sua respiração ofegante e sua língua explorando minha boca. Suas mãos seguravam meu rosto enquanto eu abraçava sua cintura e a puxava para mim, colando ainda mais seu corpo ao meu.

Eu realmente estou amando essa mulher.

Então Lua interrompe o beijo e meus pensamentos enfiando a mão em sua mochila e retirando uma caixinha de veludo preta.

-Sabe, eu comprei isso há alguns dias e ia esperar mais um pouco para te entregar, mas eu não aguento. - sorri e abre a caixinha - Não é nada demais, mas eu acho que tem muito a ver com a gente.

Dentro da caixinha haviam duas correntinhas com um pingente cada uma. Os dois pingentes se juntavam e formavam a imagem um teclado de computador dentro de um coração prata.

Meu coração estava quase saindo pela boca e meus olhos estavam completamente marejados. O que não chorei no aeroporto ao abraçá-la, eu com certeza vou chorar agora.

Tentei abrir a boca para falar mas sem sucesso. Conseguia apenas olhar para ela e para a caixinha e sorrir enquanto as lágrimas rolavam por minhas bochechas.

-Fala alguma coisa, Sara! Você gostou? - a preocupação era evidente em seus olhos e então fiz a primeira coisa que me veio a mente.

Em um único movimento eu a beijo entre sorrisos . Um beijo rápido para então conseguir dizer algo.

-Eu simplesmente amei! Muito! Você pode colocar em mim? - digo puxando o cabelo para abrir espaço. Ela pega um deles e o coloca em mim.

-Agora eu - sorri, me entrega o cordão e o coloco em seu pescoço.

Permanecemos ali, abraçadas uma a outra olhando a vista e sentindo o momento. Recuperando as forças. Abençoando a nossa história.

Eu acho que amo essa mulher.

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