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Demorei né?
Perdão, estou sem tempo de viver.
Vida de vestibulando não é mole huahauahauau

Maaaaas, aqui está outro capítulo.
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@Mrs_4th_Eyess

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Simone On

As lembranças da surra que aquela loira me deu não saem da minha memória. É como se as cenas e as palavras estivessem martelando a minha cabeça... O que mais dói nessa história sobre a minha impulsividade é o fato de eu ter perdido uma mulher incrível.

Eu nunca fui uma pessoa impulsiva. Sempre agi com pelo menos o mínimo de raciocínio. Mas essa mulher... Luana... Não entendo o que ela faz com a minha mente. É como se eu perdesse toda a capacidade de pensar sobre os meus atos, e eu só conversei com ela por três dias.

Como isso é possível? Digo, como é possível você se sentir tão ligado a uma pessoa em um período tão curto de tempo?

Depois do incidente no banheiro eu nunca mais deixei de pensar nela e no quanto aqueles lábios são macios. No quanto aquele cheiro de mulher me embriaga. No quanto aqueles olhos que, ora são da cor da mais linda esmeralda, ora da cor de um dia nublado, eram profundos e me faziam ficar completamente perdida e sem rumo.

Cada célula do meu corpo deseja essa mulher. Cada centímetro deseja seu toque. Por que não a conheci antes?

-Droga! - disse massageando minhas têmporas enquanto me encarava no espelho do banheiro.

Uma semana já se passou depois do ocorrido no shopping e eu já estou de volta a minha casa, mas as marcas das unhas de Sara não saíram do meu rosto, me forçando a passar uma grossa camada de base corretora por cima para que ninguém reparasse.

Se tem algo na vida que eu prezo é o amor, a relação entre duas pessoas. Fui criada numa boa família. Tive pais maravilhosos e, apesar de não estarem mais entre nós, eu os amei. O dia da morte deles foi o mais doloroso da minha vida. Eles tiveram uma morte trágica dentro da própria casa.

Eu tinha dezesseis anos, estudava em período integral e à noite ainda fazia Jiu Jitsu , ou seja, chegava em casa tarde, por volta das nove da noite.

Lembro-me de chegar em casa e perceber um silêncio incomodo e anormal. Normalmente minha irmã e minha mãe estariam em pé de guerra, mas essa semana ela estaria na casa do namorado, ou meu pai estaria vendo algum filme ou jogo qualquer na televisão. Mas nada. Nem TV, nem discussão, apenas o silêncio de uma casa vazia. Ou nem tão vazia assim.

A casa não era grande, tinha três quartos, dois banheiros, um deles no quarto dos meus pais, um quintal grande, a cozinha era média e a sala média também. Subi as escadas e me deparei com a porta do quarto do casal aberta, o que não era comum, pois eles sempre a deixavam fechada.

Se tem algo que eu sou é curiosa. Adentrei o quarto dos meus pais de uma só vez e encontrei os dois sobre a cama. Havia sangue, muito sangue. Eles ainda se encontravam com as cobertas sob o corpo, revelando que nem haviam se levantado. Meus olhos se arregalaram e pude sentir um liquido quente escorrer por minhas bochechas.

Havia um lado meu gritando para eu não chegar perto, mas o outro lado mais forte dizia para eu me aproximar, e assim o fiz. Meu pai estava com os olhos abertos e completamente vidrados, o que implicava que ele havia morrido praticamente na hora, sua boca estava aberta e havia sangue seco entre seus dentes e em suas bochechas por onde o liquido avermelhado escorreu. Minha mãe também se encontrava com a boca aberta, mas seus olhos estavam fechados numa expressão congelada que evidenciava o grau da dor que era estaria sentindo. O quarto estava com um cheiro insuportável de sangue e já começava a ganhar aquele odor característico carne apodrecendo. Me perguntei a que horas e como aquilo aconteceu, mas não obtive respostas e nem tampouco a policia.

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