6.

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N/a 1) Esse capítulo é gradinho, mas vale a pena, juro! Espero que gostem <3

So if you ever feel like giving up

Yeah just remember that

We were all meant to fly.

Fly - Avril Lavigne


Kyler devia estar segurando milhares de sacolas pretas com logomarcas das lojas mais caras de Nova York em cada mão. Entrou no apartamento, forçando Fletcher a dar um passo para o lado antes que furacão Ky o derrubasse na própria casa.

- Ela... Esta no...

- Ainda no quarto? - franziu a testa. - Segure isso aqui, sim? - Kyler tirou algumas sacolas e as passou para Fletcher. - Deixa só eu... Tirar isso daqui. - assim que Ky ficou livre o bastante para movimentar os braços, enfiou uma das mãos no que parecia ser apenas uma bolsa para viagens rápidas.

- O que são essas coisas, aliás? Resolveu passar na Quinta Avenida?

- Talvez... - murmurou para Fletcher. Kyler tirou com cuidado um ser peludo de dentro da bolsa. - Pronto!

- Espera aí! Isso é um gato?

- Isso se parece um gato? - o animal que Ky segurava tinha seus olhos verdes penetrantes em Fletcher. Tinha um pelo mesclado, cinza por cima e branco na parte de baixo e nas patas. O rabo era imenso e peludo. Ele balançava aquela coisa como se dançasse um ritmo lento e o encarava como se Fletcher fosse sua presa. - Então, sim. É um gato.

Essa não!

O colunista já podia sentir todas as células do seu corpo queimando. Ainda mais as células de um lugar específico. Sua garganta já coçava. Depois seu nariz e seus olhos já lacrimejavam... Aquele gato não podia estar ali!

Desde quando Perrin tinha um gato? E por que ele tinha que olhar para Novak daquela forma?

Ele nem se lembrava de que a atriz tinha algum animal de estimação. E ele deveria saber de uma informação dessas! Ele sabia de tudo. Afinal, Ferrie E. Brown tornou-se expert quando o assunto se trata de Aurora Perrin.

Bem, aparentemente, praticamente tudo.

- Por que... Por que você... Por quê?

Fletcher lutava para deixar os olhos bem abertos. Para Ky, ele estava assustado com o animal inofensivo e fofo, o qual tinha nos braços. Mas Fletcher só estava tentando impedir que alguma lágrima saísse dos olhos se os fechasse.

A maldita alergia impediu o garoto de ter animais de estimação por toda infância. Ele até tentou uma vez. Conseguiu um hamster com um colega de classe na escola. Escondeu o bichinho da mãe por duas semanas em seu quarto. Até comprou uma pequena gaiola com uma rodinha com o dinheiro da mesada. A mãe logo notou que a alergia desencadeada de uma hora para outra não era normal. Foi quando Fletch estava na escola que ela vasculhou seu quarto e achou o pequeno roedor.

Na época, com seis anos, demorou para que Fletcher entendesse que, mesmo o animal sendo tão pequeno, ele poderia fazer um estrago enorme.
Até mesmo quando se ofereceu para cuidar do pequeno yorkshire de Samantha, Fletcher teve que viver a base de antialérgicos.

- Como assim? Ele está com saudades de Aurora! Não é, coisinha linda? - Kyler falou com o gato, enquanto fazia carinho em sua cabeça.

- Você o escondeu na bolsa? Ficou maluco?

Headline (HIATO) Onde histórias criam vida. Descubra agora