Eu amo-te Yara!

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-JY... - sussurrei, indo na sua direção.

-Que queres? - perguntou friamente.

-Falar contigo... - respondi cautelosa.

-Então força, fala.

-Porque saíste assim da sala? -fui direta ao assunto. Não queria perder tempo com perguntas desnecessárias.

-Por nada.

-Por alguma coisa foi.

-Não foi por nada! - respondeu bruto, tirando um cigarro da caixa que tinha nas calças e acendendo-o.

-Tu fumas? - perguntei espantada, olhando-o.

-Algum problema?

-Não...

-Ainda bem!

-Porque estás assim comigo?

-Eu estou normal, como sempre estive! - quase gritou.

-Não, não estás!

-E o que tens a ver com isso?

Calei-me nesse momento. Ele tinha razão, eu não tinha nada a ver com as suas coisas, não tinha esse "direito".

-Pois, bem me parecia -respondeu frio.

-Estou preocupada contigo Ji Yong...

-Mas está tudo bem! - atirou o cigarro para o chão, pisando-o.

-Porque me estás a falar assim?

-Por nada, adeus! E deixa-me em paz!  - gritou, o que me fez começar a chorar e virar as costas para sair dali o mais rapidamente possível.

De repente, sinto uma mão a agarrar-me o braço, obrigando-me a parar.

-Espera...

Virei-me para ele, mostrando-lhe o meu rosto lavado em lágrimas.

-Desculpa nina... - disse, limpando-me as lágrimas com o seu polegar.

-Deixa-me Ji Yong! - pedi, afastando a sua mão da minha face.

-Não, não deixo! Fui eu que te deixei nesse estado e quero...

-Cala-te!... Já chega de me tratares mal.

-Desculpa... por favor, para de chorar, não gosto de te ver assim...

-A culpa é tua!

-Pois é! E sabes porquê?

Neguei.

-Porque tu me irritas com tanta preocupação e...

-Então larga-me! - ordenei, interrompendo-o.

-E eu irrito-me porque te amo! - ignorou o meu pedido.

-O quê?? - disse, não acreditando no que tinha acabado de ouvir.

-Eu amo-te Yara! Amo-te com todas as minhas forças... Cada parte de mim ama cada parte de ti... "Because I love everything about you..." - cantarolou.

Eu não sabia o que fazer e muito menos o que dizer. Mal ele me largou eu saí logo de lá a correr, não acreditava no que estava a acontecer. Como é possível ele me amar se por vezes me trata mal? Eu sei que o amor é o sentimento mais próximo do ódio, mas o que se passa com ele? Será que ele é bipolar? Não o percebo, mas uma coisa eu sei: amo-o do jeito que ele é, mesmo não entendendo certas coisas...

Fui procurar o Justin, queria ir para casa, mas ele ainda estava ocupado. Decidi apanhar um táxi e fui embora. Cheguei rápido, provavelmente por estar perdida nos meus pensamentos.

Quando entrei, reparei que a Natasha estava a dormir no sofá. Subi e fui tomar um banho bem quente e demorado, precisava de refletir um pouco, e nada melhor do que um duche relaxante. Mal acabei, vesti o pijama e fui logo para a cama, pois a fome era inexistente e eu precisava de assimilar o sucedido. Assim que fechei os olhos, a minha mente foi invadida por pensamentos estranhos. Fiquei assim durante muito tempo, até que acabei por adormecer, sem me aperceber.

Walking To HappinessOnde histórias criam vida. Descubra agora