Laura 23

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Chegamos em menos de duas horas no hospital samaritano em Botafogo. Gustavo fica em silêncio durante o trajeto todo. E eu também. Estávamos ansiosos para ver o estado de Bryan. Entramos rapidamente no hospital e anunciamos a nossa chegada.

-Vocês são os pais? - A recepcionista pergunta. E eu, ia abrir a boca para falar que era a mãe e Gustavo não era seu pai. Mas ele foi mais rápido.

-Sim somos os pais. Onde é o quarto dele?

- Tudo bem. Assinem aqui que eu os acompanho. - A moça responde e nos ensina o caminho até o fim do corredor e depois deveríamos virar a esquerda. E a ouço sussurrar fechando a porta.

- Casado que desperdício.

E enquanto caminhamos até o quarto do meu filho eu ri.

- O que foi?

Gustavo pergunta rindo da minha risada. Ele faz muito aquilo. E eu conto.

- Ela tá certa. E muito bem casado.

-Mas não somos, você sabe.

-Eu já me sinto assim, Laura. Unido de corpo e alma, gostosa. Um dia você vai dizer sim pra mim.

Eu rio encabulada e o abraço. Chego ao fim do corredor á esquerda e vejo minha mãe na porta do quarto de Bryan. Ela vem me abraçando emocionada e me pede perdão. Oh... minha mãe sempre tão dramática.

- Mamãe ... Não precisa disso. Essas coisas acontecem. Você é uma avó maravilhosa! Cuidadosa sempre. Está tudo bem.

-Mamãe! Você veio?! - Ouço Bryan exclamar. E o vejo deitado na cama.

Eu corro até ele, e o abraço. E em seguida o encho de beijos na bochecha e no topo de sua cabeça.

- Como você está amor?

-Agora tô bem mãe. Mas antes tava doendo muito. - Ele me responde ainda abraçado a minha cintura.

-Estava com saudade, meu gêniozinho.

- Eu também mamãe. Que bom que veio rápido.

Eu rio e falo:

-Você não vai acreditar! Vim de helicóptero, com o Gustavo. Ele sabia que tínhamos que vir logo para ficar com você querido. - Eu conto, mas não sabia se ele ficaria contente.

Bryan olha para porta e vê Gustavo conversando com sua avó. Ele foge com o olhar um pouco chateado e pergunta.

-Porque ele veio?

Eu tento formular uma resposta mais alegre mas nada me surge. E Gustavo olha para mim seguro e responde.

-Ah você não sabe cara? - pergunta Gustavo. - Eu entendo de perna quebrada .

Bryan olha desconfiado para ele. Mas não deixa de perder a curiosidade nos olhinhos. Gustavo se aproxima da cama dele e continua. Doce e brincalhão.

-Carinha quebrei minha perna esquerda em quatro lugares diferentes! E também lesionei o joelho. Quer sentir meu buraco?

Bryan faz cara de nojo, pensa um pouco e depois fala:

-Ta bom, eu quero.

Gustavo senta na beirada da cama e levanta a perna esquerda para Bryan tocar.

-Nossa é mesmo! E dói?

Gustavo ri.

-As vezes sim. Por isso acho que sou péssimo batedor de esquerda.

-Não você já nasceu assim. Sem talento para esquerda. - Zoa Bryan tentando provocar Gustavo.

-Ah seu sabichão... Se divertindo as minhas custas? Venha cá moleque!

Cale a boca & me ame  (Livro 1 - Série Desejos)Onde histórias criam vida. Descubra agora