my brother's friend ♢ muke

28

Michael arranjou um emprego numa cafeteria perto da minha casa.

Não tem nada a ver com ele, mas pelo menos é um começo.

Agora eu tomo uns três copos de cappuccino por dia porque quando minha aula termina eu vou à cafeteria para esperar Michael.

Hoje, por algum motivo, minha aula acabou mais cedo. O que significava que eu tinha que esperar mais ainda por ele.

Enquanto estava sentado em um daqueles sofás e olhava para o nada, ouvi Michael chamando meu nome e quando me virei ele ainda estava atrás do balcão.

— Vem aqui. — Pediu e eu prontamente me levantei, indo para perto dele.

— O que foi?

— Eu tenho 15 minutos até a hora de ir, mas já terminei de fazer tudo então minha chefe me deixou ficar com você aqui. — Ele me puxou para os fundos e eu encontrei alguns bancos e uma mesinha.

— Aqui é tipo uma sala dos funcionários? — Perguntei enquanto Michael se sentava em um dos bancos e ele assentiu. — Eu posso me sentar no seu colo?

Depois de todo um processo de arquear as sobrancelhas, franzi-las e depois engolir a seco, o mais velho balançou a cabeça em afirmação e eu sorri, me sentando em suas coxas com uma perna de cada lado de seu corpo e envolvendo meus braços em seu pescoço.

— Eu estou orgulhoso de você. — Falei de repente.

— Por quê?

— Você está trabalhando mesmo sabendo muito bem que sua mãe pode continuar te sustentando. Eu sei que não é o melhor emprego de todos, mas já é alguma coisa. — Ele apenas sorriu abertamente, levou suas mãos para minha cintura e me beijou.

Ouvi alguns passos e quando tentei me afastar, Michael apertou ainda mais minha cintura e eu ri baixo contra seus lábios.

— Não sabia que podia namorar no trabalho. — Escutei uma voz masculina e senti Michael tirando uma das mãos da minha cintura, o conhecendo. eu sei que ele estava mostrando o dedo médio para a tal pessoa.

— Vai se foder James. — Falou para o garoto, que riu.

Depois que o tal James saiu nós apenas ficamos nos encarando.

— Não vai me beijar de novo? — Resolvi perguntar e Michael riu, negando. — Daddy, você vai negar um beijo ao seu babyboy?

Ele arregalou os olhos e eu ri por sua reação.

— Você não quis dizer babygirl?

— Eu não sou nenhuma garota, Clifford. — Ele abriu a boca para responder, mas eu não deixei, pois colei nossos lábios.

-

Michael veio a minha casa com a desculpa de que queria usar meu computador já que estava sem internet.

Eu queria que ele estivesse mentindo.

Enquanto ele jogava algo eu estava sentado em minha cama enquanto o assistia e bebia refrigerante. Não era muito empolgante, mas o que se podia fazer?

Peguei o copo vermelho, bebi e senti um gosto diferente, mas bom. Olhei para o líquido no copo e só então percebi que era o copo de Michael, que tinha uma bebida alcoólica dentro.

Pensei duas vezes, mas mesmo assim dei outro gole e droga, não me lembrava de que isso era tão bom.

Enquanto meu namorado continuava vidrado na tela do computador eu continuei bebendo, quando terminei o copo decidi deixá-lo de lado e peguei a garrafa. E foi aí que eu me arrependi.