O DIÁRIO DE UM ANJO.

(4) AGORA TUDO FAZ SENTIDO.

-pode me explicar agora?
-Mateus, agora nao.
-porque estava se escondendo de mim? -porque não estou a fim de conversar hoje ok?!
-você não é assim...
-sai daqui vai...
Assim que ia saindo Beatriz pega em minha mão.
-espera, eu posso explicar.
-ok.
Voltei e sentei na sua cama.
-eu uso drogas
-que?
-foi o que você ouviu Mateus, vai me fazer te troxa agora... fazer eu repetir tudo de novo.
-calma... que tipo?
-tudo to mais na cocaína.
O que ela estava falando? Eu ja estava apaixonado por ela... não pode ser verdade não vou superar isso, esperei minha vida toda para encontrar alguém como ela e agora tudo vai embora assim? Não...
-calma, vou ajudar você a sair dessa.
-mas eu não quero Mateus, esse foi o único jeito que eu encontrei de ir para um mundo melhor, o único jeito de esquecer os poblemas... você tem que tentar.
-eu não gosto disso bia
-não precisa gostar, é so experimentar.
-não acho isso certo.
-so um pouco .
Beatriz fez uma fileira daquele pó branco algo brilhava nele mas os olhos dela brilhavam mais ainda e se isso era importante pra ela... porque não?
Com um cubo de caneta cherei tudo de uma vez so, assim como ela pediu o efeito apareceu em segundos e aquilo realmente era ótimo.
################################### os dias foram se passando e eu fui frequentando a casa de Beatriz cada vez mais minha mãe estava desconfiada de que eu estava namorando.
Mas na verdade eu estava indo na casa da bia mais pela droga do que por ela.
Até que em uma quarta-feira as 14:07 bia me ligou perguntando se eu não queria trabalhar, disse que tinha um trabalho para mim fiquei animado pois sempre quis trabalhar e ajudar minha mãe que por sinal estava estranha comigo, dizendo que estava muito agressivo e inquieto fala serio... ela estava ficando muito careta ou era apenas ciúmes.
Fui ao encontro de bia que após entrar em vários becos chegamos em um grupo de meninos sentados com armas enormes e com 3 muchilas bia me apresentou e ficaram cochichando entre eles um guri com mais ou menos 20 anos falou cheio de marra:
-Ei, sabe trabalhar de entregador moleque?
-sim, acho que sim.
Ele me jogou uma das mochilas e disse um nome de uma rua.
-tem 30 minutos... vai.
-ok! Vem comigo Beatriz?
-sem Beatriz malandro... vai 30 minutos.
Sai sem saber direito onde era o local, meio desnorteado com medo...
Ate que encontrei o local: casa 249 uma casa da cor azul com dois cachorros pastor alemão, apertei a campainha e uma mulher morena com os olhos verdes abriu a porta.
-boa tarde, a income....
Sem ao menos deixar eu terminar a mulher me puxa para dentro.
-so pode ser novato ne?!
-....sim, acho que sim.
A mulher pegou minha mão e me levou para dentro de casa.
-quanto deu a encomenda?
puxei o pequeno papel que o mal encarado tinha me dado.
-4.50
-nossa essa porra aumentou.
-não sei senhora, so estou entregando.
-e você... todo certinho...
Dei um sorriso meio de lado.
-como se chama?
-Mateus, e você como se chama?
-isso não vem ao caso nesse momento gatinho... mas sou muito poderosa aqui na favela.
-você comanda?
-quase isso...sou mulher do dono.
Ja devia ter notado, na favela as casas tudo de madeiras muito poucas de material e não era rebocadas a unica casa melhor e mais bonitas de todas era essa.
-bom tenho que ir.
-calma pra que a presa?
-o patrão so deu 30 minutos.
-ok, vem mas vezes ai.
Confirmei com a cabeça mesmo sabendo que ja mais voltaria ali.
Voltando para o local o grupinho de meninos tinha crescido ja devia ter uns 10 , entreguei o dinheiro pra ele e ele me devolveu $2 .
Assim que ia saindo ele puxa meu moletom.
-acha que acabou vagabundo?! Tem mais.
Achei aquilo injusto pois todos que deveriam estar entregando estão ali, bebendo e usando drogas.

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Estava exausto ja tinha feito mais de 5 entregas .
Agora tudo faz sentido Beatriz trabalhava para eles e em vez de pegar seu pagamento pegava em drogas.
Ja era umas 16:06 ja estava na hora de voltar pra casa mas primeiro dei uma passadinha na bia.
-e ai Mateus, como foi?
-você poderia ter me dito como é o trabalho ne?! Isso é errado.
-Mateus para de falar o que é certo e o que é errado.
-ok... so vim ver como você estava.
-ganho quanto?
-pelo incrível que pareça dois reais.
-calma... ta no começo ainda.
-ok, vou la minha mãe deve estar preocupada.
-ok cthau.
Não resisti em pedir.
-mas... antes de ir em bora você tem...
-cocaina?
-não... aquilo que esperimentamos hoje.
-maconha?
-sim.
-Mateus não quero que você vire mais um.
-não se preocupa, é a ultima juro.
Beatriz ja me entregou pronto so assendi.
-tchau gata.
Bia sorriu.
Chegando em casa minha mãe estava na varanda com a mesma cara de sempre (preocupada).
-onde você estava? Você não costuma ficar saindo e chegando tarde.
-mãe estou crescendo.
Passei por ela e fui direto pro banho.
-que chero é esse Mateus?! Você tava mexendo com fumaça.
-mãe para de vim atraz de mim eu tava brincando na rua.
-Mateus seus olhos estao vermelhos você deve ter pegado alguma gripe desses meninos que você anda brincando.
-é mãe...acho que eu peguei alguma gripe mesmo, so vou tomar um banho e ja vou tomar café.
Finalmente minha mãe saiu do meu quarto, um numero desconhecido me ligou corri fechei a porta e atendi.
-fala patrão.
-patroa.
-quem fala?
-isso não vem ao caso.
-ha... mulher do dono do morro, o que você quer?
-isso é jeito de falar com uma reinha?
-...
-quero que você venha aqui amanhã.
-não posso tenho que trabalhar.
-que que tem?
- o patrão não me da mais que 30 minutos pra cada entrega.
-isso ja é o suficiente.
-quer algum favor?
-derrepente, ja pedi algumas coisinhas para serem entregas para mim e é você quem vai entregar.
-ok .
Ela encerrou a chamada.
O que será que ela queria.
Acabei dormindo,.
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Acordei com minha mae me chamando para jantar.
Eu estava exausto de tanto andar meus pé incharam mesmo sem querer fui jantar.