Samuel
Me levantei da cama ansioso, antes mesmo das luzes se acederem. Sem conseguir controlar o nervosismo que brotava em cada lacuna das minhas indecisões e inseguranças.
Olhei rapidamente para o Sébastien, que estava totalmente jogado sobre o edredom dormindo pesadamente. Ainda sobre os efeitos colaterais da poção que minha irmã tinha o feito tomar. E quem sabe sobre o peso das coisas que tínhamos visto. Coisas que agora eu não queria pensar. Resolvi então escovar os dentes e me adiantar o máximo possível para poder conversar com Killian e acertar o que é que estivesse acontecendo entre nós.
Olhei para porta e não desejei que ela me levasse direto para o banheiro, tempo agora era tudo que eu tinha, então o vi, ali sentado, ao lado da minha porta, usando short e uma camisa qualquer. Killian.
– Céus, o que você está fazendo aí no chão?
Perguntei confuso e alegre ao mesmo tempo.
Era provavelmente a primeira vez desde o baile que tínhamos ficado mais de alguns segundos sozinhos sem uma estranha preocupação maciça.
– Amm... Disse que iria falar com você bem cedo, hoje. Lembra-se?
Respondeu com um meio sorriso, e um olhar bobo. Era primeira vez que o via falar daquele jeito.
– Estava me esperando aí? Há quanto tempo?!
– Alguns minutos. Algumas horas. Não sei.
Confessou.
– Desculpe, eu achei que quando você disse cedo, estava se referindo ao café da manhã.
– Mas você toma café da manhã todos os dias, eu não iria impedir você de se alimentar.
Respondeu quase ofendido.
– É só comida, eu posso perder por uma manhã.
– Não quero que perda nada por mim, pelo contrário.
Respondeu.
– Obrigado, então... Hmm, vamos conversar aqui mesmo ou...
Comecei a perguntar até que suas mãos voaram pelo ar e seguraram meu rosto o prendendo a um beijo. Forçando meus braços contra seu corpo quente, então o beijo de bom dia acabou. E eu suplicava por mais mentalmente.
Dessa vez sua mente não entrou em contato com a minha, porém, ainda tinha sido perfeito.
– Desculpe, eu precisava fazer isso.
– Sem problema nenhum.
Tratei de responder o mais rápido que pude. Mas só pareci um idiota fazendo isso. Não havíamos nos beijado desde a véspera de natal.
– Então...
– Em qualquer lugar, contanto que você esteja nele.
Respondeu ele.
– O lago então.
– O lago.
E a porta ao nosso lado se desfez e atravessamos.
Sentamos no banco de concreto que estava a nossa frente. E eu não sabia a menor ideia do que eu estava indo fazer então entrei no modo pânico.
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Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&Sina
FantasíaSam e Killian estão finalmente juntos, Lexa e Roman também, e Amora não é mais tão relutante sobre se aproximar deles e de Sébastien, que ainda não sabe como se declarar a garota meio banshee. Mas eles precisarão lidar com muito mais nessa segunda p...