Capítulo XII: Marque-me como seu

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Samuel

As coisas estavam retornando a status quo de complicado. Se a Amora realmente estava perdendo a cabeça, eu não poderia afirmar, não sem entrar dentro da mente dela e isso eu não queria fazer. Se Lexa estava ficando paranoica eu também não sabia, mas de uma coisa não dava para negar, estávamos empacados em não saber nada há muitas semanas e isso tinha que mudar logo.

– Pensando no que acho que está pensando?

Sébastien perguntou.

Demorei alguns segundos para respondê-lo. As luzes ainda estavam apagadas, era sábado e nenhum de nós estava muito animado exatamente.

– Sim.

Disse por fim, já se levantando, fazendo as luzes se acenderem.

– Amanhã é o aniversário dela, e eu ainda nem sei o que fazer.

Bash comentou mudando de assunto.

– Está pensando em pedi-la em namoro ou algo assim?

Perguntei curioso.

– Não. Definitivamente, não. Estou confuso agora.

Disse ele.

– Há surpreenda Bash, beije-a sem que ela esteja esperando. Veja no que vai dar. Funcionou para mim.

Sugeri tentando parecer otimista.

– Não acho que socar o rosto da Amora vá ajudar na nossa relação, Sam.

Respondeu nervoso.

– Bem, talvez não. Mas a parte do beijo sim.

– Talvez eu faça. Mas não sei se teria coragem. Não assim, do nada. E acho que nesse caso pode ser muito mal interpretado. Não estamos mais na idade da pedra, não posso simplesmente dar na cabeça dela com um pedaço de madeira. Eu só queria que fosse perfeito.

– Já pensou no que vai dar para ela?

Ele estava fazendo mistério.

– Espere até amanhã, curioso.

– Tudo bem, vamos escovar os dentes, não pode encontrar Amora com mau hálito.

– Não tenho mau hálito de manhã.

Respondo ofendido.

– Mas eu tenho. Então vamos.

Disse já indo em direção a porta que se desfez automaticamente.

Por um segundo senti um arrepio cruzar minha coluna então ele sumiu.

– Por que parou?

Sébastien perguntou.

– Nada.

Respondi, então fomos.

//

– Bom dia.

Disse Killian surgindo entre Sébastien e eu, quase me fazendo engasgar.

Segurei com força a bancada da pia de mármore do banheiro para não cair pelo susto ou me sujar com a água que ainda restava na boca, ele em contrapartida ostentava um sorriso estranho. Largo.

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora