Capítulo XXVII: Mentes sinuosas

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Samuel

– Por que está me encarando desse jeito?

Killian perguntou.

Eu não estava encarando-o exatamente, estava encarando cada pedaço dos seus músculos delineados que percorriam sua barriga criando não só um efeito estético excitante e invejável, mas também demonstrando dedicação e treino.

– Seu corpo, ele é... Bonito.

Disse por fim perdendo rapidamente a linha de raciocínio.

Killian estava parado na frente do espelho de corpo inteiro do seu quarto, usando somente short de ginástica e uma toalha debruçada no ombro. Eu havia esbarrado com ele enquanto saia do banheiro.

– Se continuar me olhando desse jeito eu corro risco de tentar olhar a sim para você.

Disse ele por fim já com seu rosto a centímetros do meu, me fazendo cair para trás, me sentando sobre a cama, com sua mão quente segurando minha coxa, levantando levemente o tecido do meu short.

Tentei controlar a respiração, mas era como pôr uma peneira na frente do sol. Desta forma minha respiração simplesmente me entregava, e deixava claro o que eu queria.

– E o que acontecesse se você me olhar desse jeito?

Perguntei, com um pouco mais de coragem do que de costume. A mão de Killian voltou a subir alguns centímetros até seus dedos entrarem pelo meu short tocando a minha pele desprotegida, causando uma onda de calafrios que vez todo meu corpo reagir e o ar travar na minha garganta.

– Eu tenho algumas ideias que podemos discutir.

Comentou por fim levantando a cabeça, que tinha se abaixado, agora fitando meus olhos com uma chama selvagem que eu não conseguia resistir então o agarrei.

Seu corpo foi ainda mais rápido que o meu, me jogando totalmente para trás, abrindo espaço entre as almofadas e o edredom. Antes que eu pudesse perceber meu short havia sido tirado e meus dedos arrancavam minha camisa do meu corpo.

Seus dedos eram firmes e prendiam meu corpo no ritmo dele e isso me fazia perder o controle.

Seus beijos intensos e o calor da sua pele me hipnotizavam e isso me cegava, então houve um som e dessa vez não fui eu a parar, foi ele e um estalo religuei minha mente na realidade.

– Ai cara, foi mal!

Roman gritou parado da porta do quarto somente com uma toalha enrolada na cintura. Mas antes que pudéssemos responder ele olhou para lado, havia vozes. Alguém estava vindo.

Killian levou sua mão ao ar, se levantando de mim e da cama, e depois a jogou para trás e Roman foi lançado da porta para a cama vaga fazendo assim que a porta se fechasse antes que alguém nos fizesse praticamente pelados e entendesse o recado.

– Que vergonha.

Disse por fim cortando o silêncio estranho que tinha se formado.

– Me desculpem, eu não sabia.

Disse Roman se levantando da cama e segurando a toalha com as mãos antes que ela caísse. Se Lexa estivesse aqui ela provavelmente teria feito alguma piada com os braços do Roman e tudo seria esquecido, mas eu não sabia nem como processar metade do que minha mente queria muito menos em uma situação como essas.

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora