Capítulo II: Não brinque com os livros

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Lexa

– Ela é daqui. É algo da academia, então alguém desse lugar deve saber algo.

Amora comentou me fazendo terminar de acordar.

– Temos quatro professores, uma diretora, um chefe da enfermaria que aparentemente não tem nenhum outro funcionário, motoristas gárgulas e alguns empregados que simplesmente parecessem ser invisíveis na maior parte do tempo, para quem vamos perguntar? Ao menos que você saiba como evocar um espírito aqui para nos dar respostas.

– Claro que não.

Exclamou ofendida e nervosa.

– Vai se sair bem.

Comentei encarando meu rosto inchado no espelho da minha penteadeira.

– Pare de analisar minhas emoções.

Retrucou.

– Querida, não posso. É automático, sinto tudo de todo mundo. Ou quase todo mundo. Não é de propósito e muito menos algum tipo de cuidado especial com sua pessoa. Somente um fardo que carrego.

– Então guarde para você seus comentários sobre mim.

– Com prazer – respondi, hoje voltavam as aulas, e com isso também a primeira sessão privada com a professora Santiago sobre magia feérica. E mesmo que ambas tivessem muito que descobrir sobre as habilidades de uma banshees, aquilo era um grande progresso para quem estava em negação há anos – Mas antes de ir, pode me fazer um favor?

Pedi, vendo-a concordar com arfar.

– Não posso ler mentes, então?

– Queria aproveitar a virada do ano para mudar alguma coisa.

– Seu cabelo, obviamente. Qual cor?

– Azul ciano.

Respondi e ela fez sem mover os lábios, com um feitiço silencioso.

Bom dia, como anda a vida agora que você voltou a estar indisponível para os solteiros?

Perguntei telepaticamente.

Do mesmo jeito, eu acho.

Então nada de novo? Nada mesmo?

Reforcei.

Não fizemos absolutamente nada demais nos últimos dias, não estamos juntos oficialmente há nem uma semana direito. O que quer que façamos?

Que deslizem seus corpos nus pela parede enquanto fazem sexo selvagem?

LEXA?!

Só dizendo.

Você diz como se estivesse fazendo algo com Roman também. Você não está, não é? Não que eu queira saber os detalhes, mas ficaria magoado em não receber o memorando.

Confessou.

Ele poderia reclamar, mas gostava de saber as loucuras que eu fazia.

Não, não fiz. Não ainda, pelo menos.

É isso que me preocupa.

Você se preocupa com tudo, isso é o seu normal. Garanto que Roman sabe o que está fazendo. Killian também deve saber, ele tem cara de ser um pervertido na cama.

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora