Capítulo XIII: Dezesseis anos dividida

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Lexa

Acordei com Amora levantando para tomar suas doses de insulina. Seu rosto parecia cansado, com olheiras e uma expressão de pouca vitalidade que estranhamente não estava combinando com ela.

– Você está bem, garota?

– O que você acha?

Perguntou irritada.

– Estou pensando que você era mais divertida. Talvez devesse voltar a praticar o que é que fosse o esporte que você fazia na Transilvânia.

Comentei feliz e irônica.

– Isso eu tenho que concordar, eu deveria voltar a praticar balé ou ginástica artista – comentou pensativa, ela havia me mostrado uma vez o quanto era flexível e era impressionante – Segundo, Transilvânia não é real, Pensilvânia é. Agora posso injetar isso na minha barriga de uma vez para eu me sentir razoavelmente melhor depois de uma noite mal dormida, ou não?

– Bem, você poderia. Mas – disse me levantando da cama e estendendo meu braço rapidamente para ela abrindo a palma da mão onde o cupcake cinza com uma vela surgiu – acho melhor comer o cupcake antes da insulina.

Amora ficou parada sem saber o que responder, parte dela estava surpresa a outra parte muito irritada.

– Como sabe que não posso comer isso antes das doses?

Perguntou confusa.

– Sébastien, obviamente. Ele fez uma vasta e irritante pesquisa sobre o assunto e me forçou a ouvir sobre. Me dizendo o que você deve ou não comer, o que eu devo ou não fazer se você não estiver se sentindo bem. E blá, blá, blá...

Um sorriso surgiu no rosto sem vida de Amora, mas o mau humor o engoliu por completo.

– Ele é um amor.

– Sim, ele é, e vocês deveriam resolver logo isso. A propósito tome seu cupcake logo da minha mão e seu presente.

Disse fazendo surgir um chaveiro de pelúcia com a cabeça do Jack.

Amora pegou ambos com um rosto confuso e os pôs na cama.

– Obrigada... – disse sem jeito – Eu nunca vi O estranho mundo de Jack, mas valeu mesmo sim. Mas do que estava falando antes?

Perguntou com olhar mais centrado.

Sorri em resposta e me dirigi até a porta em saltos, hoje, seis de fevereiro, um domingo, era um dia estranhamente alegre na minha cabeça, principalmente depois da longa sessão de beijos com Roman na tarde passada.

– Sou a bruxa das emoções – a respondi passando pela porta – presuma querida. Presuma.

Então sumi, a deixando sozinha com sua confusão e mau humor.

Liguei a conexão mental com meu irmão logo em seguida.

Sam, diga a Sébastien que o plano começou.

Do que está falando?

Perguntou.

Et tu Brutus, meu filho? Vou dizer pela última vez nesse dia. Bruxa das emoções. Entendam...

Você me apavora às vezes irmã, sabia disso?

Ah, por favor Sam... Eu te apavoro o tempo todo. E nós dois sabemos disso.

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora