Capítulo VI: Professor irritadiço

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Lexa

As coisas começavam a se normalizar entre nós com uma semana faltando para o final do mês e consecutivamente nosso aniversário no dia trinta de janeiro.

Sam ainda estava falando quase que diariamente sobre o jantar magnífico que teve com a diretora, e como tudo tinha saído bem no final, e que ele tinha acidentalmente destruindo uma jarra de água, e outras mil coisas. E ninguém mais aguentava ouvir sobre aquilo.

Amora finalmente tinha parado de ficar nervosa, e só era antipática como sempre. Tinha aulas dia sim dia não com a professora Santiago, e isso refletia claramente em seu bom humor, Sébastien também estava apreciando isso – e suas idas para estudar em algum lugar – Em relação a biblioteca não tínhamos mais tentando entrar nela, não parecia a hora ainda.

Roman estava animado com a ida ao minigolfe, mais do que eu e Sam, devo acrescentar. Tinha planejado tudo e convencido a Amora a ir junto também.

Já tinha me acostumado a não ouvir vozes de bebês soprarem aos meus ouvidos, ou outras coisas estranhas. Estava tudo tranquilo. Demais até, então mantive os olhos abertos para qualquer coisa.

Peguei meu livro das sombras e percebi que finalmente ele tinha voltado a crescer. Killian, Sébastien e Amora tinham os maiores livros da nossa sala, nessa mesma ordem. Talvez eu tivesse realmente prestando menos atenção nas aulas, o que era irônico já que eu, dos dois era a que estava mais ansiosa para vir aqui. Mas o caminho entre aprender e praticar era mais longo do que eu não tinha pensando inicialmente sobre.

Amora já estava parada na frente da porta do nosso quarto, esperando agitada para que pudéssemos ir para aula de Teoria e Conceito Básico de Magia. Pensei em perguntar se isso se devia ao fato do professor lançar sobre nós aquele magnetismo estranho ou não. De qualquer maneira não creio que ela fosse dizer a verdade.

Atravessamos a porta e fomos para nossos lugares.

Sorri para Roman assim que o vi.

Sébastien estava ocupado tentando se mostrar visível para que Amora o cumprimentasse, Killian estava olhando para Sam, que olhou rapidamente para mim e acenou com a cabeça, mas voltou a mirar sua atenção em seu namorado. Algo nessa divisão me fez rir. Não sei exatamente o porquê.

– Mas alguém não queria estar aqui hoje, como eu? – o professor perguntou, usando como sempre um dos seus fabulosos ternos. Ninguém respondeu a sua pergunta capciosa. Percebi também que ele não lançou sobre nós seu dom, o que era relaxante. Manter uma proteção sobre mim e Sam era cansativo, e não queria nem imaginar se tivesse de estender isso aos outros – Tudo bem, vamos começar isso logo.

Exclamou.

– O que o senhor vai passar para nós hoje?

Samir perguntou.

O que ele tinha na cabeça para ousar perguntar alguma coisa a esse homem agora?

– Não sei senhor... Senhor... Céus, nunca sei a droga do seu sobrenome. O que vocês querem aprender? E podem levá-la como uma pergunta retórica também, são bons nisso.

Ele está bêbado?

Sam perguntou telepaticamente.

Não, mas emocionalmente confuso. O que é normal para a maioria das pessoas, mas parece estar afetando ele bem mais do que a maioria dos professores deixa transparecer. Talvez ele precise começar a namorar. Isso se ele for solteiro. Nós temos alguma ideia do estado civil de nossos professores?

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora