Lexa
Tudo parecia estar indo bem de novo, isso se eu ignorasse todos os fatos realmente preocupantes. Como a guerra que iriamos enfrentar, as mortes que iriamos ser obrigado a presenciar e toda dor física e emocional que seriamos infligidos. Tirando tudo isso, tudo estava indo até bem demais.
Tudo estava um pouquinho não tão ruim agora. E era incrivelmente engraçado perceber isso. Não que as coisas antes fossem ruins. Tirando a guerra em que estávamos, as mortes que iríamos ser obrigados a passar e toda a dor física e emocional que seriamos infligidos, tudo estava indo até bem demais.
E por causa disso era infelizmente hora de focar em outros aspectos mais preocupantes de nossas vidas. O que significava que por ora, sem mais festas, sem mais escapadas sexuais, sem mais todas essas coisas tão – incrivelmente – boas.
Então era hora de sermos mais um círculo do que adolescentes, por isso os professores decidiram nos dar uma nova aula na sala circular essa noite depois da aula de demonologia. O que eu não estava realmente animada, porém, não era mais questão de estar ou não estar, ou de querer ou não querer. Era uma questão de pura sobrevivência.
– Você ficou quieta demais.
Disse Sam para mim, enquanto olhava para o professor Siegfried.
– Só relembrando bons momentos.
Disse com um sorriso malicioso que o fez corar, porque provavelmente ele também deveria estar relembrando algumas coisas. Que por sorte não haviam vazado pelos muros.
– Vamos pessoal, vocês sabem essa resposta.
Disse o professor ao vento me fazendo retomar atenção para aula.
– Do que ele está falando?
Perguntei a Amora, ela estava concentrada na aula, eu nem tanto.
– Ele nos perguntou sobre quais ervas podemos usar para curar ferimentos causados por veneno de demônio.
– Oh, acho que não foi para mim a pergunta.
Disse sorridente.
Não fazia a menor ideia de qual seria a resposta, e pensando agora, depois que uníssemos o círculo iríamos adquirir a capacidade de absorver os conhecimentos um dos outros, além da maximização de poder. E isso sim seria útil para mim e minha incapacidade de conseguir reter informações pertinentes sobre a fina arte de continuar viva ao enfrentar os parasitas do purgatório.
– Última chance, mais alguém sabe responder essa perguntar, sem ser os senhores Strider, Kane e Holt? Preciso que alguém mais saiba. Ninguém? – perguntou esperançoso, mas ninguém se atreveu a levantar a mão – Okay então, pelo menos três de vocês sabem. Olhem para o quadro – disse ele e a planta se desenhou em giz branco, verde e roxo – Seu nome é verbena, e ela pode ajudá-los a combater alguns venenos demoníacos, pessoal. É rara, mas pode ser produzida em casa até, com certas condições adequadas. Simplesmente pressionem-na sobre o machucado e digam algumas palavras catalisadoras, e pronto. Ela irá queimar o veneno, o que geralmente não é agradável, mas o torna capaz de sobreviver ao ferimento. Agora, por favor, gravem essa informação. Vocês podem precisar dela um dia. Simples assim.
– Sim, senhor.
Dissemos em uníssono. Ele fez uma careta pelo nosso desdém.
– O que está havendo com vocês hoje?
Amora perguntou, apontando com olhar para Sam e Roman também, Killian na verdade parecia o mesmo, fitando Sam como se fosse ele fosse a lua e meu irmão a Terra e sua gravidade.
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Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&Sina
FantasiaSam e Killian estão finalmente juntos, Lexa e Roman também, e Amora não é mais tão relutante sobre se aproximar deles e de Sébastien, que ainda não sabe como se declarar a garota meio banshee. Mas eles precisarão lidar com muito mais nessa segunda p...