Capítulo V: Agarre-se a minha a mão

3.9K 364 257
                                    


Samuel

– Oi...

– Oi.

Respondi a Killian sem saber o que continuar depois.

Estávamos no início da noite de sexta, o que aqui na academia era mais como um dia sem incrivelmente nada para fazer. Alguns alunos tinham voltado a sair no fim de semana, mas geralmente era o mesmo grupo da outra turma, com umas sete pessoas. Era um grupo confortável para se sair à noite no lugar que já matou duas de nós.

– Algo aconteceu?

Perguntei assustado percebendo que era a primeira vez que ele batia na minha porta desse jeito.

– Não. Não. É só que... Eu vi Sébastien descendo as escadas com uns livros, e pensei que talvez você fosse querer companhia.

– Amora o pediu ajuda em umas pesquisas sobre sua linhagem feérica, eu iria me juntar a eles agora.

– Ah, claro. Eu só pensei que... Esquece.

Disse ele já se virando.

– Mas eu posso me atrasar um pouco. Lexa queria mesmo dar essa oportunidade para que eles ficassem sozinhos.

– Bom.

Respondeu ele, claramente tão desconfortável com aquilo como eu. Mas não era um desconforto ruim, era só diferente.

– Quer entrar?

Perguntei, como se ele fosse um vampiro e precisasse de permissão.

– Sempre.

Respondeu.

Escondi um sorriso ao ouvir aquilo.

– Acho que nunca tinha entrado no quarto de outro aluno antes.

Comentou assim que a porta se refez atrás dele.

– Nem eu. E ninguém tinha entrado aqui também.

– Que honra.

Acrescentou ele, agora mais relaxado. A parte estranha tinha passado.

– Acho que eu não aprendi muito bem como ser um namorado no meu último namoro então não sei o que fazer agora.

Disse topando com as costas da minha canela na quina da cama.

– Podemos deitar e conversar, eu acho.

– Eu realmente gosto de conversar.

Respondi parecendo um idiota.

Killian se deitou na cama primeiro e eu me ajeitei no espaço que existia entre ele e a parede. O frio do final do inverno ainda estava presente, então nos cobrimos. Fiquei imaginando o que Bash acharia se nos pegasse aqui de surpresa, achei melhor avisar a Lexa que avisasse a ele que eu estava com companhia.

– Então como foi seu dia?

Perguntou.

Minha cabeça estava quase prensada contra seu corpo, ele era quente. E era agradável.

– Passamos a maior parte dele junto, acho. Não tem nada novo.

– E verdade. Então pergunte algo.

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora