Capítulo XIV: Perguntas sobre perguntas

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Samuel

– Qual vai ser o plano agora?

Perguntei depois de morder um pedaço de uma maçã.

O refeitório havia se tornado nossa sala de reuniões não oficial.

– Eu sugiro acharmos uma maneira de impedir que ela entre nas nossas mentes.

Amora comentou brincando com as suas panquecas de blueberry.

Sébastien sorriu para ela que sorriu de volta, eles haviam tornando isso uma brincadeira própria. Sorrir um para o outro sem dizer nada.

Com os planos de Sébastien dilacerados pelo espírito maluco, a situação romântica dos dois ainda estava sem resolução.

Mas a Amora parecia bem mais suscetível a Sébastien agora, tanto que usava o presente que ele o havia dado. Em vez do antigo colar que costumava usar no pescoço.

– Precisamos voltar a procurar pistas novamente.

Lexa comentou depois de devorar o pudim, Roman estava ocupado no seu terceiro sanduíche.

– Temos que fazer um inventário das pistas que temos.

Killian comentou.

– Bebê. Sangue. Morte. Fumaça. Cinzas. Igreja. Visões.

Lexa completou.

– Talvez estejamos vendo tudo pelo lado errado – Sébastien acrescentou – interpretamos a minha visão do ano novo de forma literal, certo? Com acontecimentos que talvez fossem do futuro, visões de coisas que ainda vão acontecer, e se elas forem metafóricas?

– O que quer dizer Bash?

Perguntei.

– A visão me mostrou três feixes flamejantes de luz, e a sua lhe mostrou a igreja Preta e Branca. Que como bem sabemos é uma das três primeiras construções feitas na cidade após o grande incêndio...

– A academia, a igreja e o cemitério.

Killian disse em tom baixo, enquanto brincava com o seu isqueiro.

O abrir e fechar do mecanismo, tanto o relaxava quanto o ajudava a se concentrar.

– Mas nada nos mostrou o cemitério em si.

Roman completou.

– Já estamos na academia, vimos visões da igreja e sabemos e que tudo aqui deve virar um banho de sangue, e bem, quando morremos somos enterrados em algum lugar, não é? Então, devo concordar que de qualquer maneira tudo parece minar para isso. Estava meio obvio na verdade.

Lexa indagou.

– Mas não sabemos nada sobre essas construções. E como vamos descobrir?

Amora perguntou.

– Perguntando a quem é obrigado a nós contar sobre a história da cidade.

Killian respondeu.

– Professor Garrett.

Dissemos todos ao mesmo tempo.

– E o nosso grande plano é perguntar a um dos professores sobre algo que eles não podem saber que queremos saber? Como vamos enganá-los?

Bruxos&Demônios, vol. II - Legado&SinaOnde histórias criam vida. Descubra agora