Lydia. || H.S

| Oh No... |

"É a tua oportunidade Harry. Não vais deitar tudo a perder agora. "
" Mas pai e.."
" Não! Não vou permitir que estragues tudo o que já temos feito. Ela está aqui, estás a um passo de termos tudo. "
" Mas eu não quero. " - o rapaz rosnou.
" Os teus "quereres" deixaram de ter significado assim que puseste os pés dentro deste barco. Agora faz com que a Lydia se apaixone por ti ou terei de tomar medidas drásticas. "

Depois disto eles pararam de falar e eu corri o mais rápido possível para bem longe dali.

Que raio se passa aqui?! Porque é que o Harry vai conquistar a Lydia? De que é que eles tanto precisam?

A minha cabeça girava com tantas dúvidas. Entretanto parei de correr quando cheguei ao convés inferior avistando Tobias sentado numa das mesas enquanto levava um copo aos lábios.
Aproximei-me dele sentando-me.
- Preciso de te contar uma coisa.. - disse tentando controlar o meu fôlego. - O que aconteceu? - Tobias pousa o copo e pude ver a sua expressão serena desaparecer.
- Eu ouvi uma conversa entre os Styles.. é sobre a Lydia. - murmuro.
- O que é que ouviste?
- Parece que o Matthew quer obrigar o Harry a fazer com que a Lydia se apaixone por ele.. Tobias o que se está a passar? - pergunto nervosa.
- Aquele desgraçado. - Tobias dá um murro na mesa que me fez saltar. - Ele e o meu pai têm um acordo que faz com que a minha irmã seja obrigada a casar com o seu filho mais velho para eles ficarem com toda a nossa riqueza.
- Oh não.. - murmuro passando a mão pelos cabelos.
- Não te preocupes eu vou impedir que isto aconteça. Ninguém vai chegar perto da minha irmã. - Tobias suspirou e levantou-se abraçando-me. - Obrigada por me teres vindo avisar!
- De nada. - sussurrei contra o seu pescoço.

|Harry |

Depois de acabar de arrumar todas as coisas que tinha na mala, decidi sair do quarto e ir ao convés superior até ao bar de alta classe.
Bar de alta classe... porquê alta classe? Ok percebe-se que haja pessoas menos favorecidas a bordo mas quer dizer podiam ser menos óbvios não?

Abri cuidadosamente a porta e caminhei para um dos bancos altos de assento redondo que ficava de frente para o balcão e sentei-me. Pedi um whisky e quando me entregaram o copo deixei que uma pequena percentagem daquele líquido entrasse em contacto com o meu corpo, fazendo a minha garganta pegar fogo.
Pousei novamente o copo e brinquei com os meus dedos.

Toda esta conversa sobre a rapariga está-me a dar cabo da moleirinha. Eu ainda nem tive tempo nenhum para pensar no assunto.
A verdade é que me lembro bem da Lydia. Custumava brincar com ela em criança e posso dizer que era bastante divertido.
Mas depois cresci. Deixei de brincar às escondidas e comecei a descobrir os verdadeiros prazeres da vida: raparigas, festas e muito mas muito álcool.
Não me vejo a mudar isto. Talvez porque não me vejo a fazer outras coisas. Talvez porque a minha vida nunca fora um conto de fadas..