Lydia. || H.S

|Smart. |

Scarlett

Tobias segurava a minha mão enquanto caminhávamos pelo convés. O tema de conversa era o tal plano. Plano este que consistia em não deixar Harry aproximar-se de Lydia. Ao que parece Tobias e William estavam a planear algo para impedir que isto aconteça.
Quando Tobias me contou o porquê disto tudo, confesso que fiquei um pouco assustada. Lydia sempre fora uma rapariga doce e sincera e o próprio pai fazer uma coisa destas não é justo.

- Percebeste o plano pequena? - Tobias perguntou.
- Sim, sim percebi. - acenti.
- Desculpa pedir-te isto, sabes que eu não o faria se não fosse por um caso extremo.
- Eu sei, eu sei. Eu não quero que ela case de forma forçada, especialmente com o Harry. Se for tão bom como o pai. - ironizei.
- Nunca fui com a cara dele. - Tobias rolou os olhos.
Ri-me. - Eu sei.
- Scarlett...
- Sim? - olhei-o quando o seu corpo parou num dos cantos do convés, fazendo-me parar também.
- Mudando de assunto... eu quero que jantes comigo hoje.
- Jantar? Ainda nem o pequeno almoço tomámos. - ri-me.
Tobias deu uma gargalhada. - Eu sei tontinha, mas quero que venhas jantar comigo hoje.
- Para quê?
- Simplesmente vem ok? - pediu com um enorme sorriso.
- Okay. - sorri.
- Boa. - sorriu largamente e rodeou o meu corpo com os seus braços.

William

- Pois bem Mr.Brown é tudo o que posso fazer. - olhei o homem de aparência medonha e descuidada que se encontrava à minha frente desde as 07 da manhã.
- Mas está igual. - reclamou novamente.
- Pela 3979725 vez, eu mudei-lhe metade das peças de fora com as que trouxe na mala, portanto igual não está de certeza. - bufei.
- Vocês jovens não sabem é fazer nada. No meu tempo as pessoas eram competentes.

E pronto cá vamos nós ao sétimo descurso. Juro que já deito fumo pelos cabelos.
Mas assim pelo menos sempre faço algum dinheiro.
Em Inglaterra, tive a sorte de me conseguir licenciar em informática, e não para me gabar mas até sei fazer umas coisas.

- Entendes? - perguntou retirando-me dos meus pensamentos.
- Ouça Mr.Brown leve e exprimente. Se não der volte cá.
Pelo meio do bigode ouço um suspiro. - Está bem rapaz, está bem.
O homem de estrutura grande levanta-se da cadeira quase levando-a consigo e sai do meu quarto.
A vontade de gritar " ALELUIA" era maior que tudo o resto.
Arrumei então os materiais quando um bater na porta me faz virar para trás.
"Raios partam o homem que já me vem lixar a cabeça outra vez". Mando mentalmente o caro senhor que me ocupou 3 horas do período da manhã para 50 sítios diferentes quando abro a porta e me apercebo que afinal não era ele.

- Matthew? - pergunto olhando-o.
- William. - sorriu. - Eu preciso da sua ajuda..