Help Me 2 (Fanfic Harry Styles)

Capitulo 5

MIA'S POV

Já não me lembrava bem da ultima vez que me havia sentido assim. Esta estranha sensação de medo, receio e ansiedade. Tudo misturado numa pequena taça e atirado contra a minha cara. Pelo menos era o que parecia, enquanto os meus olhos continuavam presos naquele homem.

O seu cabelo estava bastante mais branco, quase que fazendo desaparecer o castanho. Trazia um dos seus habituais fatos, desta vez de um azul muito escuro, quase preto. Um sorriso maldoso e de superioridade encontrava-se presente no seu rosto, fazendo-me sentir pior. Mas felizmente, consegui não o demonstrar. Consegui, de alguma maneira, manter-me firme, sempre no mesmo lugar. Tinha medo que se me mexesse, os meus movimentos poderiam demonstrar alguma fraqueza. E eu não podia ser fraca. Não agora. Não á sua frente.

Paul: Importas-te de fechar a porta, por favor? Para que possamos conversar com mais calma?

Sinceramente, já me havia esquecido disso. Mas não pude evitar o meu receio, assim que este mo relembrou. Porque se a fechasse, então ficaria sozinha na divisão com ele. Se algo corresse mal, ninguém se iria aperceber. No entanto, era o primeiro contacto que tinha com aquele mundo desde á mais de um ano. A conversa poderia ter alguma coisa a haver com o Harry. E apesar de não ir fazer bem á minha sanidade, eu queria ouvir.

Por isso, apenas obedeci ao seu pedido, fechando a porta atras de mim. Continuei sem me mexer, esperando que este falasse novamente. Ainda não havia dito nada. Mas também não tinha nada para lhe dizer. Em parte, odiava-o por o que ele me fez. E também pelo que já fizera. Não confiava nele. Mas estava disposta a ouvi-lo na mesma.

Paul: Não te queres sentar?

Eu: Estou bem aqui, obrigada.

A minha voz saiu mais segura do que eu esperava. Tive medo que quebrasse, mas felizmente isso não aconteceu. Talvez eu esteja mesmo mais forte. Pelo menos mais do que pensei. Mas mesmo assim, este não parecia la muito convencido. O seu sorriso apenas continuava a aumentar, fazendo-me sentir cada vez mais insegura.

Paul: Só porque não estamos mais na fabrica não quer dizer que as coisas tenham mudado. Tu ainda me pertences. Mas eu não vim aqui para falar sobre isso.

Cruzei os braços sobre o meu peito, tentando ao maximo manter a mesma postura. As suas palavras e ações iam-me derrubando aos poucos, por muito que eu o tentasse impedir. Era como se o meu corpo reagisse sozinho. Como se a minha mente não conseguisse esquecer o medo que já senti por ele. O medo e o pânico.

Paul: Quero fazer-te uma proposta.

Desta vez fui apanhada desprevenida. Não sabia bem qual o motivo da sua visita. Posso dizer que acabar com a minha vida me passou pela cabeça. Mas não. Ele queria fazer-me uma proposta. O quê que este poderia querer de mim?

Eu: Que tipo de proposta?

Paul: Vejo que consegui chamar a tua atenção.

Exatamente o que ele queria. E eu acabei por reagir a seu agrado. Não posso negar que isso me deixou irritada. Odeio este sentimento de que não retemos mais o controlo da situação. E saber que é ele quem decide como isto vai acabar assusta-me e incomoda-me.

Paul: A perda daquele sector teve um impacto maior na organização do que eu gostaria de admitir. E para que isso não volte a acontecer, decidimos adoptar novos meios de segurança, assim como novos meios de nos mantermos informados.

Eu: E o que tem isso a haver comigo?

Este nunca iria admitir uma fraqueza assim sem mais nem menos. Sei que apenas devo ter estado na sua presença meia dúzia de vezes naqueles meses, mas o Harry falou-me muito dele. Após eu insistir nisso, claro. O Paul tem a mesma facilidade nas palavras, só que este usa-as mais para manipular do que qualquer outra coisa. Se não presto atenção ou demonstro parte fraca, então ele ganha.