Help Me 2 (Fanfic Harry Styles)

Capitulo 10

MIA'S POV

" Nunca se sabe quem pode estar a vigiar"

"As coisas mudaram"

"Significa desertores"

Apenas partes da conversa que haviam ficado encravadas na minha mente, mas que continuavam a fazer-me refletir uma e outra vez sobre isso. Eu sabia que as coisas haviam mudado. Mas não ate este ponto. Não fazia ideia do perigo que afinal corríamos. Do perigo que afinal eles corriam. Como é que isto chegou ate aqui? Como é que chegamos a esta guerra? E qual é o meu lugar no meio disso? E o delas? Onde nos encaixamos nos?

Todos sabem onde estamos. No entanto, ambos os lados atuam com cuidado. Acho que agora compreendo melhor a visita do Paul. O importante não era a proposta, ou receber informação da policia. O que ele queria mesmo era descobrir se eu sabia de alguma coisa. Se eles nos haviam contactado. Ou melhor, se ele me havia contactado. E sendo assim, ainda bem que acabei por inconscientemente alinhar no seu jogo. Talvez isso lhe afaste as suspeitas deste sitio. Talvez assim o Niall esteja seguro. O mesmo já não posso dizer dos outros.

Onde estará o Harry? Será que está bem? Será que está ferido? Estará seguro? Infelizmente, ninguém o sabe. E continuarão sem o saber ate este decidir o contrario. Porque ele sempre gostou de estar sob controlo da situação. Que as coisas corressem á sua maneira. Ele é inteligente. De certeza que deve ter tudo isto planeado. Só espero que nada aconteça. Nenhum imprevisto. Nada que o faça nunca mais voltar.

April: Que tal esta?

Levantei o olhar das minhas botas cobertas de neve, encarando-a agora a ela. Esta havia parado mesmo á minha frente, apontando para uma das montras por que passávamos. A Eleanor olhou logo para ela, assim como eu. Dois vestidos encontravam-se expostos em dois manequins, com algumas outras roupas e sapatos aos seus pés. Um deles era vermelho, bastante comprido e liso. Muito simples e comum. Enquanto que o outro era dourado na parte de cima, e branco na de baixo. Muito mais curto e menos justo que o outro. Eram ambos bastante bonitos, mas não me imagino a usa-los.

Eleanor: Vamos ver.

Elas seguiram as duas á minha frente, entrando na pequena loja onde já se encontravam algumas pessoas. Eu sei que concordamos em não deixar passar mais nenhuma festividade. Mas esperava que no ano novo pudesse ficar apenas em casa sossegada. Afinal, o que vamos nos festejar? O ano que passou? Não foi dos piores, mas também não foi dos melhores. O ano que vem? Como é que posso festeja-lo, quando estou com receio dele? Com receio do que possa vir a acontecer?

Mas eu prometi-lhes fazer o que quer que estas quisessem. Se bem que ir ate uma festa não me passou pela cabeça. Estranho, eu sei. É normal no ano novo as pessoas querem ir ate uma festa. Festejar com conhecidos e desconhecidos. Embebedarem-se ate esquecerem todos os erros que cometeram nesse ano. Esperar pela meia noite apenas para se sentirem mais aliviadas pela nova oportunidade. Mas não me sinto muito atraída por isso. Pelo menos já não.

Estas avançaram ate ao interior da loja, agarrando em alguns vestidos que mais gostavam e caminhando ate aos provadores. Eu apenas vagueava de um lado para o outro. Não muito certa sobre o que queria. Todos pareciam demasiado espampanantes. Demasiado luminosos. E eu sei que é esse o objetivo. Mas será muito pedir algo assim mais discreto? Algo mais suave, mas bonito á mesma? Algo como aquele vestido azul que ele me ofereceu?

Não devia estar a fazer comparações. Nem sequer devia estar a pensar nele. Não devia estar a pensar em nada disso. Porque sempre que o faço apenas fico mais em baixo. Fico mais distante. E há muito tempo que nos não fazíamos isto. Apenas passar uma tarde todas juntas. A fazer algo normal de raparigas da nossa idade. Como se também nos fossemos normais. Elas merecem isto. E eu também. Apenas não o consigo aproveitar.