Help Me 2 (Fanfic Harry Styles)

Capitulo 15

MIA'S POV

Enquanto escrevinhava no meu bloco os pedidos dos clientes, a minha mente parecia continuar sobrecarregada com toda a nova informação que havia ganho nos últimos dias. Era quase impossível concentrar-me no meu trabalho com tudo o que se passava á minha volta. Talvez a ignorância não tivesse sido um estado assim tao horrível. Porque agora apenas me vejo preocupada com todos os problemas que nem sequer são meus. Mas sempre o passam a ser, quando envolvem as pessoas que amo.

Porque, recapitulando, descobri que o Harry e os rapazes correm perigo. Que a Eleanor é atormentada pelo passado, assim como o Niall. Que a April se sente perdida por saber que foi adotada. Que a minha mãe foi morta pela organização como vingança pelo que o meu pai fez. Que o Paul é quem esta por detrás de tudo, e que ainda por cima esta algures em Nove Iorque. Isto são demasiadas coisas para assimilar. Demasiadas coisas em que pensar. E cada uma me preocupa mais que a outra. Cada uma me deixa mais confusa que a outra. Se ao menos eu pudesse desabafar com alguém sobre tudo isto. Mas quem? Não tenho ninguém com que possa falar. Porque a única pessoa que poderia eventualmente servir não esta aqui.

Agarrei nas duas chávenas de chá verde, colocando-as sobre o tabuleiro, antes de caminhar ate as mesas do lado de fora do estabelecimento. Servi-as a uma mãe e uma filha, ambas de cabelo preto e pele muita branca. A rapariga trazia uma camisola verde de malha justa, com um cachecol preto á volta do pescoço, enquanto que a mulher usava um casaco preto comprido. Pelo seu sotaque que havia ouvido á pouco, sabia serem britânicas. Assim como eu. E posso dizer-vos que isso me apanhou um pouco desprevenida. Não estava á espera que aparecesse algo que me fosse lembrar de Inglaterra. Que fosse adicionar mais um assunto aos meus pensamentos.

Olhei para o lado subitamente, apercebendo-me de uma das minhas mesas agora ocupada. Nela encontrava-se um homem, com o rosto escondido atras do jornal que lia. Mas pelos poucos cabelos esbranquiçados que conseguia ver, e as mãos ligeiramente engelhadas, sabia já ser de mais idade. Mas mais novo do que os clientes mais idosos que temos. Mas parei do avaliar, enquanto caminhava na sua direção. No entanto, uma estranha sensação surgiu em mim, ao mesmo tempo que o fazia, deixando-me ligeiramente desconfiada.

Eu: Boa tarde, o que vai pedir?

Não obtive nenhuma reposta imediata. Alias, o homem nem sequer mexeu um musculo, fazendo-me pensar que talvez não me tivesse ouvido. Ia para repetir a pergunta, mas assim que abri a boca, senti a minha respiração ficar presa na minha garganta, ao mesmo tempo que o jornal era pousado sobre a mesa, permitindo-me pela primeira vez ter uma perfeita visão do seu rosto. Uma perfeita visão dos seus olhos castanho negro e sorriso sinistro.

Paul: Apenas uma conversa. Senta-te.

Apesar de tentar disfarçar, o seu tom de voz saiu autoritário, enviando calafrios pelo meu corpo. Eu rezava para que não tivesse que o voltar a ver tao cedo. Mas parece que, mais uma vez, as minhas preses não foram ouvidas. E a sua repentina aparição apenas me deixou em choque, obrigando-me a ficar parada á sua frente, sem saber o que fazer ou dizer. Sem saber como reagir. Porque por muito que me esforçasse, este homem continuava a provocar um ligeiro e desconfortável medo em mim. Apesar de agora este estar misturado com raiva, por causa de tudo o que o meu pai me contou.

Paul: Não gosto que me façam esperar.

Apesar de não soar desse modo, sabia que isto era um aviso. E isso apenas me fez ter vontade de lhe desobedecer. De me ir embora. Mas sabendo o que sei agora, talvez essa não fosse a melhor escolha. Se ele era realmente o chefe, então não devia estar sozinho. De certeza que estávamos a ser vigiado. Provavelmente estaria uma arma apontada neste preciso momento á minha cabeça. E morrer agora não fazia parte dos meus planos. Por isso olhei rapidamente para dentro do café, apenas para verificar se não estava ninguém a olhar para mim, e sentei-me á sua frente, tentando criar a maior distância que podia entre nos dois.