Unconditionally ❃ MALIK

Capítulo 1

Para você mergulhar nesta história que você está prestes a ler, você precisará entender certas decisões que Amélia teve de tomar, e que, quase nenhuma delas foi de livre espontânea vontade.

TRAILLER DA UNCONDITIONALLY ❤

Flashback 2012

-Amélia? Você está em casa?

Pude ouvir do segundo andar a voz de Catherine e o barulho da porta principal sendo aberta.

-Sim Cat, estou aqui em cima. -disse a ela entre berros pois era realmente difícil de se comunicar em uma casa tão grande como a dos meus avós.

Era o aniversário de Catherine, quatorze anos. Catherine tinha os olhos mais verdes que eu já tinha visto em toda minha pouca experiência de vida, se comparados com as folhas das árvores conseguia ser até mesmo mais verde, tinha cabelos louros que pareciam fios de ouro quando o sol refletia neles, e tinha o senso de humor mais estranho e inocente do mundo, mas, eu a amava, a propósito vós apresento minha melhor amiga, Catherine.

-Bom, querida Amélia, hoje é meu aniversário. -disse entrando em meu quarto com um sorriso em seu rosto.

-Cat, eu sei, você tem me lembrado disso desde que o ano começou, e do quanto sua vida iria extraordináriamente mudar com o fato de você ter quatorze anos. Disse a ela, meia aborrecida pelo fato de ela me lembrar tanto disto.

-Tá bom Amélia, sabemos que eu estava muito animada, mas é completamente empolgante fazer aniversário, mas vim para lhe dizer outra coisa, e é melhor ainda!

Catherine tinha o dom de ter as idéias mais criativas e perigosas do mundo, confesso que, por um momento fiquei com medo do que me aguardava.

-Continuando... Amélia, lembra daquele parque de diversões que nós estávamos morrendo para ir?

-Não acredito Cat! É isso mesmo que estou pensando?

Eu estava realmente muito empolgada, o parque só ficaria mais uma semana na nossa cidade além do mais Cat e eu falávamos sobre isso a dias, e eu nunca tinha ido em nenhum sequer tipo de parque.

-SIM! Pedi para os meus pais, e eles nos levarão hoje a noite, é claro que, se seus avós deixarem.

-Eles irão ter que deixar! Vai ser tão divertido!

Catherine e eu conversamos durante a manhã toda, ela estava sempre na minha casa pois ela morava a menos de três casas da minha, o que era a coisa mais legal do universo. Pela tarde fomos a escola, mas só conseguíamos pensar no parque a noite, e o quanto seria incrível.
Cheguei em casa depois da tarde mais longa que já tivera na minha vida inteira e fui até a cozinha, com a esperança de achar a vó Celeste, ela estava como sempre atarefada, porém fui até ela perguntar sobre o parque.

-Vó? -disse para que ela visse que eu tinha algo para lhe dizer.

-Amélia, querida! Não percebi que tinha chegado, não fez barulho algum. Como foi a aula? -disse se virando para mim e passando as mãos molhadas da louça em seu avental com a intenção de limpa-las.

-Foi boa vovó... Catherine esteve aqui hoje pela manhã em quanto a senhora estava no mercado, -suspirei levemente- e hoje é o aniversário dela e para comemora-lo seus pais a levarão no parque de diversões da cidade e eu realmente gostaria muito de acompanha-los, Catherine é minha melhor amiga e eu gostaria de passar o aniversário dela juntamente com ela.

-Ah, querida, óbvio que você pode ir se divertir com Catherine, tenho certeza que os pais dela tomarão conta de você. -disse sorrindo.

Sorri instantaneamente, meu sorriso agora preenchia quase toda extensão do meu rosto.

Minha vó sempre foi uma mulher boa, quase nunca brigavamos e ela sempre tinha ótimos conselhos.
A hora passou voando, tentei não pensar tanto para que chegasse mais rápido e definitivamente funcionou.

Eram oito horas em ponto quando ouvi a buzina do carro dos pais de Catherine. Desci as escadas, beijei minha avó e não quis atrapalhar meu avô que parecía muito ocupado assistindo televisão.

Abri a porta do carro, e imediatamente já ouvi a briga de Catherine e Tobías, seu irmão mais novo que tinha oito anos. A discursão era sobre os dois quererem ficar nas janelas, e eu me ofereci para ficar no meio, já que era uma noite especial para Catherine e para mim também.

Havia na cidade, um circo recentemente chegado, em quanto andávamos a caminho do parque, pude ver as luzes, e tinha fogos de artificios e pessoas com pernas de paus enormes, pedi para que Catherine me deixasse sentar na janela por um momento, para que eu pudesse apreciar o quanto era bonito todas aquelas luzes. E foi quando aconteceu.

Era época de Natal, a cidade estava mais movimentada do que nunca, e com cada vez mais atrações para os turístas.
Todos motoristas pareciam estar encantados com os fogos e as luzes que iluminavam o circo, mas um deles em especial, estava encantadamente bêbado, e bateu com toda força que você consegue imaginar na parte direita do carro, onde, Catherine, Tobías e sua mãe estavam.

Gostaria de poder dizer que eles lutaram bravamente para viver, mas eu não posso.
Ouvi o impacto e senti uma pressão imensa na cabeça, o carro capotou, estavamos todos de cinto, conseguía ouvir os gritos de Catherine e o choro de Tobías durante os giros quase eternos do carro, mas foi quando ele parou que, o silêncio tomou conta, sem choros nem berros apenas o infinto silêncio, cutuquei Catherine e gritei o nome dela, mas, era tarde, gritei e parecia que estava trancada em uma sala sem luz, e que meus gritos simplesmente não saiam.

Pude ouvir gemidos do pai de Catherine, e comecei a bater no banco para que meu cinto soltasse, minha cabeça doia muito e sangrava tanto quanto. Consegui me soltar, e vendo que, ele estava vivo tentei tudo que podia para salva-lo.