Capítulo 38

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Oi amores, vamos tentar
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Senti falta de vocês coisinhas



Vinte dois, fevereiro

Por alguns segundos penso na possível possibilidade de meu coração ter parado de bater. Sinto meu corpo se tornar rígido e um frio na barriga faz com que eu me arrepie.
Isso não poderia estar acontecendo,eu não queria olhar nos olhos dele pois sabia que conforme seus olhos seguissem o caminho em encontro aos meus nenhuma palavra poderia ser dita pela minha boca, eu sabia que não ia conseguir discutir ou achar possíveis argumentos pois cada parte nele despertava uma chama em mim.

Apesar de tudo eu era incondicionalmente apaixonada por ele, e me sentia uma tola por amar alguém assim.
Diversas coisas passavam pela minha cabeça naquele momento, coisas do tipo que motivos trazeriam ele aqui se ele mesmo foi o que deixou, eu estava passando por um momento difícil e estava começando a aceitar que era o fim, se eu o visse tudo isso seria em vão pois na mesma hora que ouvisse sua voz eu desmoronaria outra vez.
Conforme o tempo passava longe dele, eu não me tornava forte, eu apenas me acostumava com a dor.
E se acostumar com a mesma, não significava diminuir o efeito, apenas tornava tolerável na minha mente, já que no coração tudo permanecia quebrado.

O que tornava aquilo de certa forma estúpido era que meu coração esteve quebrado antes, e quando ele o fez cicatrizar achava que seria finalmente um descanso pro mesmo, quando na verdade era apenas o início da próxima dor.

-Por favor, não. -suplico para a minha vó que me encara de certa forma esperançosa.

-Amélia, ele está péssimo. -ela suspira triste. - Dá uma chance pro menino, eu nunca o vi assim.

-Eu não quero por favor, eu estou implorando eu não vou aguentar vê-lo. -meu coração desmanchava em pensar na possibilidade de sentir o cheiro ou toca-lo outra vez.

-Eu nunca impedi ou te dei ordens, eu sempre te dei espaço o suficiente para fazer o que quisesse, mas desta vez... Se você não o ver, isso irá machucar você mesmo, pois você não sabe o que trouxe ele aqui. -ela diz, sua expressão é séria e sinto como se estivesse a decepcionando.

-Inventa algo vovó por favor. Diz que eu viajei, que estou dormindo por favor, eu... Eu só não sei o que fazer. -minha voz sooa desesperada, passo a mão por meus cabelos e sinto como se fosse desmaiar a qualquer momento, só não queria sofrer novamente do mesmo modo que sofri aquela noite.

-Inventar? Amélia você parece como uma criança, pare de fugir disso, ele sabe que você está aqui. Eu vou manda-lo subir. -ela diz como uma ordem.

-O que eu vou fazer? Ele não pode aparecer assim e depois achar que tudo vai ficar bem. -pauso. -Além do mais eu tenho o ballet, tenho a universidade, tenho tantas coisas e ele me fez sofrer tanto. -começo a andar de um lado para o outro, minhas palavras saem tão rápido que sou incapaz de conte-las. -Ele disse que não me amava, como ele pode? -sinto que vou chorar a qualquer momento.

-Pelo amor de Deus Amélia! por favor, eu suplico para que pare de se lamentar dessa forma. Isso é inutil, encare isso e se continuar achando que o que tiveram foi inútil então o deixe. Ponto. -ela parece cansada de ouvir meu discurso dramático e sinto que se me ouvisse também sentiria.

-Eu vou dizer para ele subir agora, se arruma um pouco. -suspira em quanto sai do quarto.

Vou até meu armário e tiro um short e um blusão preto do mesmo, visto rapidamente e passo a mão nos meus cabelos para tentar de alguma forma conter o volume deles, vou até a frente do espelho e me observo em quanto penso no quanto minha vida estava virada de cabeça pra baixo e eu não sabia uma forma de fazer isso melhorar.

Unconditionally ❃ MALIKOnde histórias criam vida. Descubra agora