Capítulo 12

466 101 21
                                    

-Não é em vão Zayn, não sei como podemos chamar isso que temos mas eu sei que não é passageiro.

-Acho que sempre existirá barreiras entre nós dois, mas tudo vai depender se vamos ser fortes o suficiente para ultrapassar todas elas, você sabe disso não sabe? por favor me diga que quando os problemas vierem você não irá desistir de mim como todos os outros fizeram -disse Zayn voltando a sentar na grama ao meu lado, com uma expressão triste no rosto.

-Eu não sou os outros Zayn, eu não desisto das coisas, não das que eu realmente amo.

Meu Deus, eu tinha acabado de dizer que o amava? As palavras sairam tão rápido da minha boca que eu não pude impedi-las de serem pronunciadas, eu estava tão envergonhada, queria cavar um buraco na terra e me esconder nele até ter cinquenta anos.

-Você... você me ama? -Zayn disse com um sorriso em seu rosto e um pouco supreso

-Bom, eu não sei o que eu sinto, é estranho ao mesmo tempo assustador, aconteceu rápido demais, eu não faço a mínima idéia do que acontece comigo quando estou com você, eu falo coisas que eu nunca falei, expresso meus sentimentos observo as coisas com mais clareza, Zayn você desperta em mim alguém que eu não sei quem é. -disse desabafando mais uma vez sem controlar as palavras, elas simplemente saiam

-Vamos usar as estrelas como exemplo outra vez então. Em toda escuridão há uma estrela Amélia, e eu garanto que na escuridão do seu coração existem várias esperando você a deixa-lás brilhar, essa é a pessoa que você é de verdade mas somente agora você está deixando essa parte de você "brilhar".

-Porque raios você fala tantas coisas bonitas? Você realmente existe? Sério, eu to sonhando? -eu disse rindo e logo nós dois já estavamos rindo de mim e de minhas falas que estragavam os nossos momentos filosóficos.

Ficamos ali deitados observando o céu durante um longo tempo e logo após voltamos para casa onde Zayn apenas desejou boa noite para os meus avós e foi para casa, de um certo modo, acho que Zayn ficava um pouco envergonhado junto dos meus avós, mas eu me sentia assim com a família dele também.

Não era exatamente tarde demais, fui até a cozinha para beber suco e pude ouvir as risadas dos meus avós na sala pareciam estar vendo algum programa de televisão extremamente engraçado.

-Amélia? -pude ouvir a voz de meu avô vindo da sala

-Oi vovô, tudo bem?

-Tudo querida, Amélia você se importaria de ir até o carro pegar os remédios que eu deixei lá? Fui até a farmácia hoje e esqueci de traze-los para dentro de casa.

-Ah tudo bem, sem problemas.

Abri a porta da sala e um frio gelado entrou por ela me dando arrepios e bagunçando meus cabelos, fechei o zíper do casaco do meu pijama e fui caminhando em direção ao carro do vovô.
Abri a porta e lá estava a sacolinha com embalagens de remédios diferentes.
Estava voltando para dentro de casa quando ouvi novamente um barulho, era novamente, na casa de Catherine.
Não, eu não estava louca e não eu não deixaria passar dessa vez, eu precisava saber quem estava lá e porque estava lá.
Caminhei lentamente tentando não fazer muitos barulhos, fui até a janela e as luzes da casa estavam acesas o que não costumava ser muito comum já que ninguém nunca ia naquela casa, mas não tinha ninguém lá dentro, apenas as luzes acesas.

-Quem é você? -pude ouvir, era uma voz de um homem vinha atrás de mim

Congelei, me virei para trás e era não um homem mas sim um jovem deveria ter vinte e quatro ou vinte e cinco mais ou menos nesta faixa etária, tinha cabelos louros iguais de Catherine e olhos escuros quase pretos.

-Amélia... -disse me levantando do chão aonde estava tentando observar algo através da janela anteriormente

-Posso saber o que você está fazendo aqui Amélia?

Ele tinha uma expressão muito séria no rosto e parecia estar irritado, eu fiquei com um certo medo dele e do jeito como falava.

-O que VOCÊ está fazendo aqui!? Essa casa não é sua, porquê você está vindo aqui? -disse revidando a pergunta

-Quem disse que essa casa não é minha? -ele disse com um sorriso irônico em seu rosto

-Eu digo! eu sei quem mora aí -parei um pouco, e continuei- eu sei quem morava aí, conheço a família que morava aqui e eu sei que você com certeza não é essa família.

-Você é extremamente intromedida para quem não sabe de nada, eu sou Thomas, Amélia. Filho de James, irmão de Catherine e Tobías

Catherine tinha um irmão? Mas eu nunca tinha ouvido falar nele antes, ela nem sequer tinha mencionado o nome dele anteriormente, como isso poderia ser verdade? Em todos os anos que passei com Catherine nunca o vi frequentando a casa deles e nem sequer ouvi seu nome ser mencionado.

-Isso não pode ser verdade, Catherine era minha melhor amiga ela nunca mencionou sobre um irmão mais velho.

Ele fez uma expressão de surpresa e pude ver que seus olhos tinham uma certa tristeza, havia algumas coisas que eu não sabia sobre a família de Catherine, coisas além da minha imaginação, havia algum tipo de segredo entre eles.

-James suponho, deve ter feito mais uma de suas lavagens cerebrais, mesmos morto continua um completo babaca. -Thomas foi até a porta da antiga casa de Catherine e a chaveou deixando todas as luzes dentro dela acesas.

-Como você pode falar assim do segundo você, seu próprio pai? -disse indignada

-Ah Amélia, você é tão ingênua, você não sonha e nem sabe coisas a respeito desse homem sujo que tenho que chamar de pai, fique feliz por não saber.

Unconditionally ❃ MALIKOnde histórias criam vida. Descubra agora