Capitulo 4

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Volto estupenda de tanta felicidade para a pensão Chica espanhola, ainda não acredito que consegui a vaga. Mas agora que eu a tenho, agarrarei essa oportunidade com unhas e dentes, e farei o possível para não desapontar o senhor Lemarchal.

Assim que chego na pensão, entro cantando e a dona Marisa vem ao meu encontro sorrindo e se escora na bancada da recepção e me observando cantar.

- A menina cresceu, seu caminho seguiu, seu destino trilhou, seus sonhos conseguiu... alcançar.
- Nossa chica, que felicidade e essa?
- Eu consegui dona Marisa, eu consegui...
- Conseguiu o que?
- Um emprego. A senhora esta diante da mais nova funcionária da Construtora Lemarchal.
- Você conseguiu uma vaga na Lemarchal? Parabéns chica, meus filhos trabalham lá sabia?
- Filhos? A senhora tem filhos?
- Tenho sim, um casal. A Larissa tem 20 anos como você, e o Willian fez 22 anos mês passado.
- E onde eles moram?
- Aqui comigo.
- Aqui? Nossa me desculpe então devo ter passado por eles e nem me dei conta pensando ser outros hóspedes.
- Não se preocupe chica, você realmente não os viu, estão de férias e foram viajar, mas chegam hoje a noite.
- A sim entendi, se forem tão simpáticos como a senhora, tenho certeza de que nos daremos bem.
- Sim querida, eles são um amor de pessoa, a Larissa e mais extrovertida, mais alegre. Já o Willian e mais sério, mais centrado sabe.

Continuamos a conversa por mais um longo tempo, a ajudo preparar o almoço, que modéstia parte ficou um delícia. Depois de almoçarmos subo para o quarto e corro para ligar para meus pais e lhes contarem a boa notícia.

- Aló?
- Papá sou eu, a Pérola.
- Minha hija, como esta? Recebeu meu presente ontem?
- Estou bem, e sim recebi seu presente, gracias papá.
- O que achou da Espanha? É tudo aquilo que imaginava?
- Sim papá, na verdade e muito mais.
- E a dona Marisa, o que achou dela?
- E um amor de pessoa, tem cuidado de mim como uma verdadeira mãe.
- Que bom minha hija, fico mais tranquilo sabendo disso.
- Tenho novidades.
- O que hija?
- Consegui um emprego.
- Mas já? Quando foi isso?
- Hoje. Estou tão feliz papá.
- Que bom querida, fico muito feliz por você.

(...)

Depois de falar praticamente a tarde toda com meus pais, o resto do dia passa voando. Janto com a dona Marisa que resolve ficar acordada até mais tarde, pois seus filhos chegariam hoje de madrugada e ela estava super ansiosa, por isso não conseguia dormi.

(...)

Acordo com alguns raios de Sol invadindo meu quarto me despertando, me estico toda espreguiçando e bocejando, que horas era?
Olho para o lado onde se encontrava o criado mudo e dou um pulo da cama, pois o mesmo marcava 6:50 da manhã, e eu deveria estar na empresa as 7:30.

Droga meu despertador não havia tocado, e eu chegaria atrasada de novo, o pior e que hoje e o meu primeiro dia.
Corro em direção ao banheiro e tomo um banho rápido, pego uma saia verde musgo e uma blusa branca de mangas e gola V.

Parto meus cabelos ao meio e separo na frente duas mechas, uma de cada lado da cabeça e amarro em um rabo de cavalo os cabelos restantes, pego as mechas soltas e faço uma trança de cada lado.

Prendo cada ponta com uma liguinha preta e as junto ao rabo de cavalo, calço uma sapatilha preta e pego meus óculos colocando-o no rosto.

Assim que desço as escadas corro para a cozinha para beber pelo menos um copo de leite, chegando lá vejo que não há ninguém então caminho até a geladeira a abrindo e pegando a caixinha de leite.

Assim que a fecho a porta da geladeira dou de cara com um homem um pouco mais alto que eu, de cabelos castanhos escuros e olhos negros sorrindo para mim. Como nunca o tinha visto antes aqui e havia pensado que estava sozinha me assusto jogando a caixa de leite em direção ao chão.

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