Capítulo 10

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Tudo bem, nem preciso dizer que fiquei estática quando o senhor Hector se sentou em minha mesa e veio com todo aquele papo de "não vai me contar o que aconteceu?", como se ele se importasse. Mais o que me tirou de orbita foi aquele sorriso dele, e quando beijou minha mão então, estou até agora tentando entender o porque de tanta gentileza. Como estava com um pouco de dor na minha mão aceitei de bom grado o resto da tarde de folga que ele me ofereceu.

Mandei uma mensagem para a Larissa avisando que eu iria embora, para que não ficasse me esperando no final do expediente. Assim que ia indo em direção ao elevador o senhor Hector Lemarchal me chama até sua sala, ótimo ele mudou de ideia e não terei a minha tarde de folga. Coloco minha bolsa no ombro e vou até sua sala, assim que ia batendo na porta para poder entrar sou surpreendida por ele e seu corpo cheio de músculos definidos e rígidos feito rocha quando por uma distração minha colidimos um contra o outro. ótimo mais um esbarrão para a minha lista.

-Ai!

- Me desculpe senhor Hector....

- Não tudo bem, já arrumou suas coisas para ir?

- Sim senhor, mas se tiver mudado de ideia e quiser que eu fique até o final do expediente e só falar.

- Não e isso eu também vou embora agora, então posso te dar uma carona.

Oi? Eu estava ouvindo direito? Ele se ofereceu mesmo para me dar uma carona?

Acho que ele leu meus pensamentos ou fui eu que arregalei os olhos demais diante de sua oferta, então mais uma vez ele direciona aquele sorriso torto que faz qualquer uma se sentir flutuando entre as nuvens e continua.

- Se você não se importar e claro.

Novamente tenho meu maldito tique nervoso e pressiono meu óculos contra o rosto enquanto digo.

- M-muito obrigada senhor, mas não precisa. Não quero incomodar posso ir de metrô mesmo.

- O que é isso? Porque acha que vai me incomodar? Na verdade vou adorar te levar e desfrutar um pouco mais da sua companhia.

- V-vai?

- Claro que vou, assim você me conta um pouco mais sobre você.

Antes mesmo que eu pudesse me dar conta ele agarra minha mão e me puxando em direção ao elevador, sentir seu toque em minha pele foi como uma descarga elétrica atravessando todo o meu corpo deixando apenas uma sensação maravilhosa como rastro. Entramos no elevador e ele fica de frente para mim me analisando, um clima estranho se instala no elevador me deixando ainda mais constrangida com aquela situação.

Quando chegamos ao primeiro andar e as portas do elevador finalmente se abrem sinto como se ar voltasse aos meus pulmões, para minha surpresa maior ele agarra minha mão novamente e sai me guiando de dentro do elevador, assim que passamos em frente a recepção vejo a cara de espanto da Maísa e da Susana, elas estão tão ou mais atordoadas que eu.

Mais o fato do poderoso Hector esta de mãos dadas com a pata choca não chama atenção só delas, mas de todos que estão ali, por alguns segundos ao olhar para o rosto do senhor Hector penso te-lo visto receoso por esta fazendo aquilo, mas no mesmo instante sua expressão volta a ser a mesma de sempre e ele volta a esbanjar sua autoconfiança de sempre.

Assim que chegamos do lado de fora da empresa tenho a impressão que o Willian ia cair para trás ao focar nas minhas mãos entrelaçadas ao do Hector, nosso chefe. Ele tenta disfarça e pergunta.

- Como vai sua mão Pérola?

- Melhor obrigada.

- Willian me dê as chaves do carro por favor.

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